27 Junho 2024, Quinta-feira

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Protestos da comunidade educativa voltam a encerrar escolas no concelho

Protestos da comunidade educativa voltam a encerrar escolas no concelho

Protestos da comunidade educativa voltam a encerrar escolas no concelho

Alunos da Lima de Freitas e da D. Manuel Martins sem aulas ontem. Cenário poderá repetir-se nas próximas semanas

 

Os protestos e os movimentos sindicais da comunidade educativa voltaram a ter palco, durante o período da manhã desta quinta-feira, em algumas escolas do concelho de Setúbal, nomeadamente na Escola Básica e Secundária Lima de Freitas e na Escola D. Manuel Martins.

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No principal estabelecimento de ensino do Agrupamento de Escolas Lima de Freitas, a interrupção do funcionamento das aulas deveu-se a uma reunião convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP).

Neste plenário, à semelhança do que tem acontecido em outras escolas pela cidade sadina, os primeiros três tempos da manhã foram ocupados pela convocatória sindical, que teve como objectivo “decidir formas de protesto e luta para as próximas semanas”, esclareceu Hélder Abrantes, delegado sindical do STOP, a O SETUBALENSE.

Foram cerca de 120 os membros da comunidade educativa que marcaram presença na acção, na qual, segundo apurou O SETUBALENSE, pairava um clima de revolta, com a maioria dos participantes a discutir e a trocar histórias de como têm sido “lesados e prejudicados nos últimos anos”.

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Ao contrário do que aconteceu na Escola D. João II na passada sexta-feira, onde os alunos continuaram no perímetro do estabelecimento durante o plenário, na Escola Lima de Freitas os estudantes foram obrigados a retirar-se do espaço, já que o número de funcionários que aderiu à reunião não possibilitou o funcionamento e a abertura do estabelecimento de ensino.

Alunos da D. Manuel Martins já não têm aulas há quatro dias

Desde esta terça-feira que os alunos da Escola D. Manuel Martins se encontram sem aulas, uma vez que os profissionais do sector do ensino organizaram um movimento de greve não associado aos sindicatos e têm feito várias manifestações em frente ao portão do estabelecimento de ensino.

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Segundo explicou uma professora a O SETUBALENSE, os profissionais do sector estão revoltados devido à “proposta do novo modelo de recrutamento e gestão”, que prevê a transformação dos actuais quadros em mapas de docentes e a sua alocação em função dos perfis, definidos pelas escolas e seus projectos, geridos por um conselho de directores.

Para hoje, durante a manhã, o STOP tem convocado novo plenário, desta vez na Escola D. Manuel Martins. A acção marca o quarto dia consecutivo em que os alunos deste estabelecimento ficam privados de terem aulas.

Apesar da interrupção sindical ser só no período da manhã, os professores desta escola “não garantem” o funcionamento do espaço durante o resto do dia.

Palmela Escola Secundária encerrada uma semana

A Escola Secundária de Palmela encontra-se encerrada desde sexta-feira, dia 6, e assim permanecerá até hoje, dia 13. Neste período, os professores têm feito várias manifestações e cumprem o seu horário dentro da escola, mas sem existirem aulas.

São cerca de 1 200 os alunos que estiveram sem aulas ao longo desta semana. Para o dia de hoje está marcada uma marcha lenta, que contará com a participação de professores, funcionários, alunos e encarregados de educação e cujo encontro está marcado para o meio-dia à porta da escola, de onde seguem para o Largo de São João e depois para a Câmara Municipal de Palmela, em protesto pelos seus direitos.

Uma das professoras envolvidas neste protesto revelou a O SETUBALENSE que a comunidade educativa está “muito unida, entre professores, funcionários, alunos e encarregados de educação”.

“Estamos orgulhosos desta acção que tem tido muita adesão”, afirmou a docente, confessando que espera que o Governo tome alguma decisão que “mude o rumo desta situação”.

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