Diminuição contraria a tendência de aumento registada no total nacional, segundo os dados divulgados pelo INE
Seis mil edifícios foram licenciados em Portugal no segundo trimestre deste ano, o que representou mais 1,9% do que no mesmo período de 2023. Mas a tendência de aumento não foi acompanhada na península de Setúbal, que teve uma diminuição de 21,5% neste indicador – a maior registada no País.
Segundo os dados agora divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), do total de edifícios licenciados em todo o território nacional, 74,8% corresponderam a construções novas, sendo que 80,7% destas foram destinadas a habitação familiar.
O aumento global de licenciamentos de edifícios, no segundo trimestre do ano, verificou-se em cinco das nove regiões do País: Algarve (+34,5%), Região Autónoma dos Açores (+28,7%), Oeste e Vale do Tejo (+9,9%), Grande Lisboa (+2,5%) e Norte (+0,2%).
Nas restantes quatro regiões verificaram-se quedas neste indicador, com a península de Setúbal a registar a maior diminuição (-21,5%), seguida pela Região Autónoma da Madeira (-5,6%), pelo Alentejo (-3,2%) e pelo Centro (-2,1%).
Quanto aos tipos de construção, observou-se um aumento de 2,4% no número de edifícios licenciados para construções novas, quando comparado com o segundo trimestre de 2023, enquanto em relação ao primeiro trimestre houve um acréscimo de 8,1%.
As obras de reabilitação, por seu turno, tiveram um acréscimo de 3% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior e um aumento de 1,7% face ao trimestre anterior.
No âmbito do licenciamento de edifícios para construções novas, apenas as regiões da península de Setúbal e do Norte mostraram um decréscimo em relação a igual período do ano transacto, com quedas de 19,5% e 1%, respectivamente.
As demais regiões apresentaram aumentos, sendo que os três maiores foram observados na Região Autónoma dos Açores, (+35,3%), no Algarve (+11,6%) e na região do Oeste e Vale do Tejo (+10,5%).
Em Portugal, no segundo trimestre deste ano, houve um aumento de 1,8% na área total licenciada em comparação com idêntico período do ano anterior, sendo a Região Autónoma da Madeira, a península de Setúbal e o Norte as únicas cair neste indicador, com diminuições de 32,4%, 26,9% e 12,5%, respectivamente.
Todas as outras regiões registaram aumentos, com os mais significativos a verificarem-se nas regiões do Alentejo (+69,6%), Algarve (+53,5%) e Região Autónoma dos Açores (+31,5%).
O Norte manteve-se como o principal impulsionador em todos os indicadores, destacando-se com 37,2% dos edifícios licenciados, 37,9% das construções novas, 35,7% dos edifícios destinados à reabilitação e 49,2% dos fogos licenciados em construções novas para habitação familiar.
O Centro ocupou o segundo lugar no licenciamento de edifícios (18,5%), nas construções novas (18,3%) e nos edifícios destinados à reabilitação (18,4%).
Na terceira posição destacaram-se duas regiões, a Grande Lisboa, que contribuiu com 12,2% do total de edifícios licenciados e ocupou a segunda posição no licenciamento de fogos em construções novas para habitação familiar (13,7%) e 17,4% das obras licenciadas para reabilitação e o Oeste e Vale do Tejo, que contribuiu com 13,3% dos edifícios licenciados em construções novas e 5,4% das obras licenciadas para reabilitação.
Entre Abril e Junho, estima-se que em Portugal tenham sido concluídos 4,1 mil edifícios, incluindo construções novas, ampliações, alterações e reconstruções, uma queda homóloga de 6,2%.