Paulo Silva diz que Montenegro nunca lhe falou na nova sociedade para o Arco Ribeirinho Sul

Paulo Silva diz que Montenegro nunca lhe falou na nova sociedade para o Arco Ribeirinho Sul

Paulo Silva diz que Montenegro nunca lhe falou na nova sociedade para o Arco Ribeirinho Sul

Requalificação anteriormente prevista de três áreas ribeirinhas: Cidade da Água (Almada), Parque Empresarial do Barreiro e Parque Empresarial do Seixal

O Seixal, Almada e Barreiro estavam às escuras sobre o projecto Parque Humberto Delgado que ‘caiu’ no final do Congresso do PSD 

“Fomos apanhados completamente de surpresa”. É o que diz o presidente da Câmara do Seixal, Paulo Silva, depois do anúncio de domingo do primeiro-ministro, Luís Montenegro, sobre o Governo avançar com um projecto de reabilitação da Área Metropolitana de Lisboa (AML), mais concretamente do Arco Ribeirinho Sul.

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No encerramento do 42.º Congresso do PSD, em Braga, Luís Montenegro anunciou aquele a que chamou de “grande projecto de reabilitação” da AML, anunciou a criação da Sociedade de Gestão Reabilitação e Promoção Urbana e até baptizou o projecto de Parque Humberto Delgado, tudo isto sem, alegadamente, dar conhecimento aos autarcas dos três concelhos envolvidos: Seixal, Almada e Barreiro.

“Fui apanhado de surpresa, e os outros colegas autarcas também não tinham conhecimento deste projecto, nomeadamente Almada e Barreiro”, afirma Paulo Silva.

O certo é que parece estar instalada a confusão sobre as intenções do Governo AD, ou, pelo menos, de Luís Montenegro. O presidente da Câmara do Seixal diz-se “espectável”, e confessa desconhecer o objectivo da nova sociedade anunciada domingo no Congresso do PSD.

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“Já tínhamos a sociedade do Arco Ribeirinho Sul, agora é anunciada a nova Sociedade de Gestão e Reabilitação e Promoção Urbana que terá o mesmo objecto, porque é para os mesmos territórios”, e interroga-se: “Vão existir duas sociedades? Uma vai ser extinta? A sociedade existente vai ser transformada na nova sociedade?”.

Com mais interrogações do que respostas, de uma coisa Paulo Silva tem a certeza, “está-se a perder demasiado tempo com estas questões societárias em vez de se avançar para o terreno com obra concreta; isso é que era essencial”. E dá exemplos: “Era de começar pela descontaminação dos terrenos da antiga Siderurgia Nacional” e dar-lhes o uso que “consideramos para desenvolvimento económico, para a criação de novas empresas no concelho, e criação de mais emprego”.

Outra obra que considera essencial, e que “já devia ter começado”, é a “expansão do Metro Sul do Tejo”, um projecto que “estava na Sociedade do Arco Ribeirinho Sul [apresentado pelo primeiro-ministro socialista António Costa em Março de 2023] e que consideramos essencial para a mobilidade entre os concelhos”.

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O próximo passo de Paulo Silva, revelou a O SETUBALENSE, é “pedir uma reunião ao Governo para saber novidades desse novo projecto”, e já vai adiantando que do mesmo “deveria ter sido dado conhecimento prévio às câmaras municipais desses territórios, em vez do mesmo ter sido anunciado pomposamente no Congresso do Partido [PSD]”. E acrescenta o presidente da Câmara do Seixal: “Queremos estar previamente informados e ser actores intervenientes do desenvolvimento desses projectos. O município do Seixal está sempre do lado da solução e pronto para trabalhar no desenvolvimento do seu território”.

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