Entrou em habitação em chamas e conseguiu resgatar a bebé. Sinistro destruiu o 1.º piso da habitação

Com coragem e “gelo nas veias”, um homem subiu à cobertura de uma casa em chamas e conseguiu resgatar a sua filha de tenra idade. Apesar da coluna de fumo intenso e das labaredas que depois viriam a avistar-se no topo da habitação de dois pisos, contígua ao Hospital do Montijo, o pai herói não hesitou e avançou para salvar a bebé do fogo, que deflagrou antes das 16 horas desta sexta-feira. Saiu com a menina nos braços e deixou para trás o “inferno” que destruiu por completo o piso superior da habitação.

O acto heróico do pai da criança foi confirmado a O SETUBALENSE pelo Comandante dos Bombeiros Voluntários do Montijo, Pedro Ferreira, e também por fonte da Protecção Civil.

A bebé, revelou o responsável pela corporação, sofreu “apenas ferimentos leves por inalação de fumo” e o sinistro provocou ainda “ferimentos graves numa mulher de 60 anos”. A sexagenária é avó da menina, de dois anos e meio, e atirou-se do cimo do edifício, em desespero.

Pedro Ferreira adiantou que a mulher esteve a ser assistida na unidade hospitalar do Montijo. “Está em estado grave e aguarda transferência para outro hospital”, disse então. Viria a ser transferida para o Hospital de S. José, em Lisboa, com queimaduras graves.

A acção de combate às chamas provocou ainda “ferimentos leves num agente da Polícia de Segurança Pública e num dos elementos da corporação dos Bombeiros do Montijo, por inalação de fumo”. O polícia foi assistido no Hospital do Montijo e teve alta médica ainda durante a tarde..

A criança e o bombeiro foram transportados para o Hospital do Barreiro.

Às 17h15, o incêndio estava “confinado” e ainda antes das 20 horas foi dado como “extinto”, revelou o Comandante.

Mobilizados para local foram vários carros dos bombeiros de Montijo e Alcochete, duas ambulâncias do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e elementos da Protecção Civil do Montijo.

Fernando Caria, presidente da Junta da União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, avançou a O SETUBALENSE que “três adultos e quatro crianças que habitavam no local vão ser ainda hoje realojados na Casa Europa”.