O diretor de comunicação da Secil salienta que o novo estatuto da Arrábida “mostra que é possível compatibilizar atividades humanas com ecossistemas de valor”
O anúncio da classificação da Arrábida como Reserva da Biosfera é também “aplaudido entusiasticamente” pela Secil, diz Nuno Maia, diretor de comunicação da empresa.
“A Secil recebeu com muito entusiasmo a notícia da aprovação da Arrábida como Reserva de Biosfera da UNESCO. Nós fomos subscritores da candidatura, a convite da Associação de Municípios da Região de Setúbal, e, portanto, sentimos também como nossa esta atribuição, até porque somos um grande proprietário da Arrábida”, faz notar o responsável.
Nuno Maia lembra que este reconhecimento “mostra que é possível compatibilizar as atividades humanas com ecossistemas de valor”, algo que a Secil diz há muitos anos. “É a nossa posição há largas décadas: é perfeitamente possível compatibilizar atividades económicas, atividades humanas, com a proteção dos ecossistemas, como, aliás, acontece há centenas de anos, as populações sempre se serviram da serra para viver”, observa. E reforça: “Este estatuto é exatamente o corolário desta lógica, que é possível compatibilizar em diferentes áreas, em diferentes graus, proteção ambiental e atividade humana.”
A classificação de Reserva da Biosfera é tida pela Secil como “uma grande responsabilidade”, sendo que a empresa “vai manter a sua atividade com o máximo de preocupações ambientais para honrar esse estatuto”, frisa Nuno Maia. “A nossa atividade está mais ou menos estabilizada. O que fizemos nas últimas décadas e o que vamos fazer nas próximas é a recuperação da pedreira à medida que a vamos explorando. Fizemos agora um grande investimento para melhorar o desempenho ambiental da fábrica.”
Quanto ao impacto que esta classificação poderá ter no território, Nuno Maia salienta um esperado aumento da procura turística e deixa um alerta às entidades públicas. “Do ponto de vista do turismo, da visitação, e da procura de habitação na Arrábida, isto vai aumentar a pressão. São pressões com as quais temos de lidar e as autoridades públicas têm de encontrar mecanismos de gestão para permitir o turismo e a atividade na Arrábida, preservando o ecossistema”, aponta, ao mesmo tempo que se mostra confiante no alcance desse equilíbrio. “Se foi possível até hoje, vai ser possível daqui para o futuro, com certeza. Temos todas as razões para estar satisfeitos, isto valoriza a Arrábida, valoriza as comunidades, valoriza o ecossistema e valoriza a região”, finaliza.