27 Junho 2024, Quinta-feira

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MSU defende que munícipes deviam ser ouvidos sobre requalificação do Santuário do Cabo Espichel

MSU defende que munícipes deviam ser ouvidos sobre requalificação do Santuário do Cabo Espichel

MSU defende que munícipes deviam ser ouvidos sobre requalificação do Santuário do Cabo Espichel

Carlos Sargedas considera que espaço vai perder “a sua magia” se “o transformarem numa unidade hoteleira”

 

O Movimento Sesimbra Unida (MSU) considera “que seria uma mais-valia, embora não obrigatório por lei, que o concurso de concessão no âmbito do programa Revive fosse acessível para consulta pública e aberto a contribuições por parte dos munícipes”.

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O conjunto de cidadãos considera “de particular relevância” o estudo da Direcção-Geral do Património Cultural que “caracteriza o imóvel, em vias de classificação como monumento nacional, e a sua história e estabelece os elementos de preservação e reabilitação obrigatórios para o concessionário, bem como a consulta aos círios”.

A O SETUBALENSE, Carlos Sargedas, fundador do MSU, explica que o movimento surge precisamente devido ao Cabo Espichel, e que desde 2010, com a comemoração dos 600 anos do local, se tem vindo a dedicar a este assunto.

“O Santuário do Cabo Espichel foi construído pelos peregrinos, que construíram a igreja, onde têm os seus altares, e as casas na sua envolvência”, diz, reconhecendo o trabalho de recuperação feito pela autarquia ao longo dos tempos.

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“Claro que a requalificação era necessária, só queremos que as coisas fiquem esclarecidas, não só para nós como para todos os envolvidos”, adianta. Em seguida, questionou: “por que razão se vai construir naquele local uma unidade hoteleira quando a poucos quilómetros existe um hotel que passa grande parte do ano vazio?”.

Neste sentido, o MSU considera ser “precipitado e, até suspeito na pressa, existindo agora muitos fundos europeus para o efeito, entregar o santuário a privados para fim alheio à espiritualidade do local e que apenas mereceu consideração por ser a única hipótese de conservação”.

Carlos Sargedas afirma, por fim, que o Cabo Espichel será, a nível do distrito, o “diamante em bruto que mais pode atrair turismo sustentável a nível internacional”. “Não podemos perder a sua magia, o que certamente irá acontecer se o transformarem numa unidade hoteleira. Gostaria de ver este espaço “transformado” e recuperado para aquilo que foi construído. Devemos evoluir mas nunca apagando a história”, concluiu.

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