Montijenses já podem marcar consultas e pedir receitas médicas na sede da junta de freguesia

Montijenses já podem marcar consultas e pedir receitas médicas na sede da junta de freguesia

Montijenses já podem marcar consultas e pedir receitas médicas na sede da junta de freguesia

Balcão SNS 24 inaugurado. Foi o segundo a nascer na Península de Setúbal. Serviço funciona todos os dias úteis, das 9 às 12h30

 

O edifício sede da Junta da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro tem a funcionar desde ontem um gabinete que permite à população residente efectuar, entre outros serviços, a marcação de consultas para o centro de saúde, a realização de teleconsultas médicas e o pedido de receituário.

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Trata-se do Balcão SNS 24, que foi “inaugurado” ao final da manhã em cerimónia informal, apadrinhada pelo director executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Arco Ribeirinho, Miguel Lemos.

Este espaço – que funciona nos dias úteis, das 9h00 às 12h30 – resulta de uma parceria estabelecida entre a junta de freguesia, os serviços partilhados do Ministério da Saúde e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).

No Balcão SNS 24 instalado no edifício do Pátio d’ Água – segundo a existir na Península de Setúbal (o primeiro foi inaugurado no passado dia 1 na Junta de Freguesia do Samouco) –, a população pode ainda “consultar guias de tratamento e o resultado de exames clínicos, avaliar e registar os sintomas provocados pela covid-19, agendar vacinação contra o coronavírus, obter certificados covid (vacinação, testagem e recuperação) e pedir isenção de taxas moderadoras por insuficiência económica”.

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Tudo à distância de um clique, feito com apoio assistido para quem tem pouca literacia digital ou não tem acesso ou conhecimento para aceder aos serviços digitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Para Fernando Caria, presidente da Junta da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, o novo serviço reveste-se de capital importância para a comunidade montijense. “É muito importante, não só porque estamos a contribuir para aquilo que sempre desejámos – e a que demos ênfase no nosso programa eleitoral – que é servir os nossos fregueses cada vez mais”, disse o autarca durante a cerimónia, para sublinhar de seguida: “Não substituímos os centros de saúde, mas facilitamos a vida a quem precisa do serviço. Espero que os nossos fregueses usem e abusem deste serviço”.

Aumentar a proximidade e o acesso aos cuidados de saúde

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Já Miguel Lemos salientou que esta “nova ferramenta” vem “tentar quebrar a distância que existe entre o utente e o prestador [de serviço]”.

“Às vezes há tarefas que podem e devem ser substituídas por este tipo de acções e esta não minimiza nem retira a qualidade da prestação de cuidados [de saúde]. Aumenta o acesso e garante aos utentes aquilo que gostaríamos que todos tivessem”, frisou o director executivo do ACES Arco Ribeirinho, sem deixar de lembrar a principal meta nos cuidados de saúde primários.

“O nosso grande objectivo é ter capacidade de dar cobertura, em termos de médico de família, de equipa [clínica] de família, a todos os utentes. Se entretanto pudermos encontrar alternativas que aproximem os utentes dos cuidados de saúde, é desejável. E esta é claramente uma boa ferramenta que o permite fazer”, considerou.

Com igual visão, Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, realçou a articulação frutuosa entre as autarquias e os centros de saúde. E lançou mão de um outro exemplo de cooperação: “O processo de vacinação em massa contra a covid-19 foi das melhores organizações conseguidas entre os municípios e a tutela”.

O edil enalteceu o papel vital dos cuidados de saúde primários nas comunidades. “Fala-se muito em hospitais, mas os cuidados de saúde primários são fundamentais e às vezes muito esquecidos. Há hoje um apoio popular para que sejam reforçados, a começar pela falta de médicos de família. Temos uma deficiência clara de médicos de família”, disse, ao mesmo tempo que vincou os investimentos nesta área que vão nascer no Montijo – a construção da Unidade de Saúde Familiar (USF) Aldegalega e a USF no Bairro do Areias.

A finalizar, o presidente da Câmara manifestou um desejo: “Espero que as outras juntas de freguesia possam também ter um balcão [SNS 24], nesta relação mais directa com os serviços de saúde. Este foi um passo para que possamos voltar a ter serviços de saúde não só com enfoque na pandemia mas também na saúde geral das pessoas, que é fundamental”, concluiu.

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