Moita quer adaptar festas ao contexto da pandemia

Moita quer adaptar festas ao contexto da pandemia

Moita quer adaptar festas ao contexto da pandemia

Município pretende assinalar, em Setembro, comemorações em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem

 

O município da Moita está a equacionar a hipótese de poder vir a realizar a edição deste ano dos festejos em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem, entre 13 e 17 de Setembro, não como “festas”, mas apenas como “comemorações” que, a acontecerem, vão decorrer em moldes completamente diferentes do habitual”, sempre dependentes da evolução pandémica da Covid-19 na Área Metropolitana de Lisboa.

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Rui Garcia, presidente da autarquia, deu conta dessa “intenção”, assumindo a mesma como uma “opção”, que estará ainda “condicionada às orientações emanadas pela Direcção-Geral de Saúde”, na reunião camarária daquele executivo desta quarta-feira, onde a proposta apresentada à vereação foi aprovada por maioria, com 3 votos contra dos vereadores socialistas.

Seja qual for a situação, o autarca moitense garante que as “festas como aquelas que conhecemos são impossíveis”, sublinhou aos eleitos da oposição, que mostraram alguma insatisfação pelo facto de a proposta só ter sido divulgada no início da reunião. Após ter ouvido a Comissão de Festas e a própria Paróquia da Moita, Rui Garcia realçou que “o facto de estas estarem programadas para dentro de dois meses e meio”, poderem vir a coincidir com um período “em que este tipo de eventos possam já ser retomados”, embora de forma “condicionada”.

Recorde-se que as festas da Moita “são um expoente da cultura popular do concelho”, com uma expressão que ultrapassa aquele território, e que “não é por isso possível encarar uma decisão sobre a realização das festas em 2020, sem uma ponderação cuidada e abrangente, no contexto da pandemia do Covid-19 e das suas consequências”, pode ler-se na proposta, que acrescenta que essa decisão será “baseada na opinião e na auscultação dos parceiros e das entidades”, sendo desenvolvida com o “objectivo de construir uma opção que recolha o máximo consenso e compreensão possíveis”.

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Admitindo uma evolução favorável da pandemia, o documento aprovado refere que “considera-se necessário e oportuno que a câmara municipal determine de que forma se poderão desenrolar as festas” deste ano, tendo sido sugerida a autorização para a sua realização, com uma duração que não seja superior a cinco dias.

Garcia informou que a comissão terá que apresentar um programa “detalhado e adequado” às situações geradas pelo surto pandémico, para que obtenha um “parecer favorável da autoridade de saúde”, sendo a avaliação dos festejos “permanente”, quer previamente ao seu início, quer durante o seu decurso, “podendo levar ao seu cancelamento imediato”, se a autarquia “considerar que a sua realização não assegura as necessárias condições de segurança”.

 

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Programa reduzido exclui manifestações de grande dimensão

 

O presidente referiu que as comemorações deverão iniciar-se na data da Procissão, que se assinala dia 13, e adiantou que a “deslocação do andor se faça numa viatura, sem paragens e com todas as medidas necessárias para não haver ajuntamentos, designadamente na zona do cais”, com a interdição do acesso às embarcações, com excepção de um número reduzido de proprietários dos barcos. Rui Garcia admite que o programa dos festejos “seja mínimo, com alguma animação, essencialmente local, e com a demarcação dos acessos e dos lugares”.

“É o que está pensado e o programa final deverá ficar definido muito próximo àquela data, sendo autorizado de acordo com as situações que se verifiquem na altura”, frisou o edil, que exclui a realização de iniciativas habituais, tais como a Tarde do Fogareiro, largadas, bailes e espectáculos com nomes sonantes, sem a maior parte dos feirantes e com o final da festa a poder ser assinalado com fogo-de-artifício, num espaço alternativo.

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