Centro dos Reformados e Idosos da Baixa da Banheira já está a trabalhar no projecto do futuro equipamento. O espaço com mais de 3300 metros quadrados vai nascer numa área situada junto ao Pavilhão Desportivo da Escola Mouzinho da Silveira, na Baixa da Serra.
A Câmara Municipal da Moita aprovou em sessão pública a cedência em direito de superfície de uma parcela de terreno, situada junto ao pavilhão desportivo da Escola Mouzinho da Silveira, na Baixa da Serra, ao Centro dos Reformados e Idosos da Baixa da Banheira (CRIBB), num valor de 650 mil euros, para a construção de um Lar de Idosos na freguesia.
A atribuição do espaço àquela Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), com uma área total de construção de 3331 metros quadrados, segundo a vereadora dos Assuntos Sociais, Vivina Nunes, resulta de “um trabalho conjunto que tem vindo a ser feito desde há vários anos com esta associação de reformados, que tinha apenas um Centro de Dia com apoio domiciliário”, tendo mais tarde ampliado as suas instalações “para dar resposta à primeira infância com a criação de uma creche”, disse. Tendo em conta o crescimento da instituição e da população idosa naquele concelho, o terreno tem em vista a construção de uma Estrutura Residencial para Idosos (ERPI), “d destinada ao desenvolvimento de actividades dirigidas a causas e respostas sociais, criando assim condições para um envelhecimento ativo”. Segundo a mesma vereadora, “e esta negociação tem vindo a ser feita desde há algum tempo”, afirmando que esta medida surge numa altura em que este tipo de equipamentos sociais “são bastante escassos no território da freguesia da Baixa da Banheira”, destacou.
Reservado há muito para a construção de um novo centro de saúde, a escolha do terreno acontece após a decisão do novo espaço de saúde vir a nascer em breve, numa outra área do mesmo território (junto ao Agrupamento de Escolas D. João I), sendo que a proposta camarária será de seguida sujeita à apreciação da Assembleia Municipal. Em declarações ao jornal O SETUBALENSE, José Capelo, presidente da direcção daquela IPSS, disse que a instituição está “b bastante satisfeita” com a decisão tomada pelo município, já que se trata de “u um sonho dos fundadores deste centro, que levará à construção de um lar que, hoje em dia, é um equipamento que tem muita utilidade para esta freguesia e até para o próprio concelho”.
O responsável adianta também que “p para nós é um primeiro passo que é fundamental, mas que ainda vai passar por várias etapas. Obviamente que faltam outras medidas, igualmente importantes, também a nível governamental, dado tratar-se de um investimento que é ainda avultado, mas queremos acreditar que nos próximos tempos possa surgir um novo Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), ao qual possamos nos candidatar e que seja agora vocacionado para a área dos idosos”, referiu.
“Equipamento deve poder acolher maior número de utentes possível”
José Capelo acrescenta que, por muito boa vontade que a instituição tenha em erguer o novo lar, e para além dos esforços do próprio CRIBB e da autarquia local, que considera ter sido desde sempre uma parceira importante naquele processo, o financiamento de programas como o PARES é essencial para a sua criação. “Estamos esperançados, motivados e temos vontade de trabalhar neste projecto, o que já acontece desde há alguns meses, para que logo que surja uma nova oportunidade do programa reservada para os idosos, tenhamos a candidatura nas devidas condições para a podermos a submeter”, explicou.
O projecto em causa não está fechado e terá que ser avaliado, numa primeira fase, pela Segurança Social para o devido cumprimento de todos os requisitos necessários, todos eles bastante exigentes, mas um dos principais objectivos da instituição é de que possa vir a receber o maior número de utentes possível, tanto da freguesia como do concelho. “O equipamento terá que ter mais do que um piso para que isso seja uma realidade”, realçou, explicando que ainda não existem quaisquer valores sobre os custos do futuro lar, que é encarado pela direcção como “um novo desafio” e “uma mais-valia para todo o concelho”.
Por: Luís Geirinhas