1 Julho 2024, Segunda-feira

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Ministro do Ambiente ‘ataca’ Transtejo/Soflusa por paragem nocturna das ligações fluviais no Tejo

Ministro do Ambiente ‘ataca’ Transtejo/Soflusa por paragem nocturna das ligações fluviais no Tejo

Ministro do Ambiente ‘ataca’ Transtejo/Soflusa por paragem nocturna das ligações fluviais no Tejo

Trabalhadores vão fazer cinco dias de greve

Sindicato culpa o Governo e o ministro do Ambiente considera grave que a empresa que liga as duas margens tenha decretado paragem nocturna

A Transtejo/Soflusa (TTSL) anunciou a supressão de carreiras entre Cacilhas e o Cais do Sodré (Lisboa), para ontem e hoje, quinta-feira, durante o período nocturno, devido à “falta de recursos humanos operacionais”. Informação que foi veiculada através de um aviso publicado no site da empresa, na segunda-feira, e que já mereceu contestação do ministro do Ambiente e da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS).

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Esta paragem vem na sequência da decisão dos trabalhadores da empresa, que fazem a ligação fluvial entre as duas margens do Tejo, tomada em plenário, de marcar cinco dias de greve parcial para vincar a reivindicação por aumentos salariais. Não tendo sido para já estabelecido em que dias irá ocorrer a paralisação, adiantou o dirigente da FECTRANS, Paulo Lopes.

Entretanto, em resposta ao aviso da TTSL, o sindicato já veio dizer que esta supressão de carreiras “não é devida a qualquer conflito laboral, mas sim à falta de respostas às reivindicações dos trabalhadores, nas quais se incluem a admissão de novos trabalhadores para substituir os que faltam, mas que o Governo continua a ignorar e os navios não funcionam sem trabalhadores”.

Portanto, a paragem do serviço nocturno ontem e hoje, “não é uma situação isolada”, sendo “frequente anúncios destes, como foi o caso da semana passada com algumas dezenas de supressões”. Para a FECTRANS esta é “uma questão estrutural decorrente da falta de trabalhadores que não são admitidos”.

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A isto acrescenta que a Transtejo/Soflusa “não pode continuar refém da falta de respostas do Governo, devendo atender às reivindicações dos trabalhadores, que são essenciais para a prestação de um serviço público de qualidade”.

Sem se referir ao sindicato, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, apontou à empresa responsável pelo transporte fluvial e, ontem, comentou que a decisão da Transtejo/Soflusa de suprimir carreiras entre Lisboa e Cacilhas, ontem e hoje à noite “é absolutamente inaceitável” e vai trabalhar para que tal não aconteça, o que até ao fecho desta edição de O SETUBALENSE ainda não se sabia o que foi ‘negociado’ entre as partes.

“É absolutamente inaceitável a decisão da empresa. Eu soube hoje de manhã [ontem]. Aquilo que a empresa sugere é absolutamente inaceitável e, por isso, vou trabalhar hoje a tarde toda para que isso não venha a acontecer”, afirmou João Pedro Matos Fernandes, em declarações aos jornalistas, à margem da iniciativa Portugal Mobi Summit, em Cascais.

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“Eu poderia minimizar a questão, dizer que, em bom rigor, é hoje e amanhã [quinta-feira] das 21h00 à meia-noite, mas, de facto, eu não consigo minimizar esta questão”, acrescentou o governante.

Matos Fernandes defendeu que a decisão da empresa é “grave” e garantiu que “vai mesmo tudo fazer” para que a supressão de carreiras não venha a acontecer.

Com Lusa

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