27 Junho 2024, Quinta-feira

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Metro Sul do Tejo alerta para “fortes perturbações” devido a greve

Metro Sul do Tejo alerta para “fortes perturbações” devido a greve

Metro Sul do Tejo alerta para “fortes perturbações” devido a greve

|Filipe Pacheco

Trabalhadores param entre terça-feira e sábado por melhores condições de trabalho e aumentos salariais

 

O Metro Sul do Tejo alertou para “fortes perturbações” no serviço a partir das 17:00 de terça-feira devido à greve dos trabalhadores, entre os dias 15 e 19 de Novembro, por melhores condições de trabalho e aumentos salariais.

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“Por motivo de greve convocada por uma organização sindical representativa dos trabalhadores de condução, para os dias 15 a 19 de Novembro, poderão ocorrer fortes perturbações na circulação, a partir das 17:00 de dia 15 de Novembro, e durante todo o dia de 16, 17 e 18 de Novembro”, pode ler-se na página da internet da empresa Metro Transportes do Sul.

A Metro Transportes do Sul (MTS) explora o Metro Sul do Tejo, sistema de transportes públicos fornecido através do denominado metro ligeiro de superfície nos concelhos de Almada e Seixal, no distrito de Setúbal.

A greve dos operadores de condução, convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), decorrerá entre as 00:00 de terça-feira e as 24:00 de sábado e será feita ao trabalho suplementar, incluindo o trabalho em dia de descanso semanal e a todos os serviços com duração superior a oito horas.

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Paralelamente, entre as 00:00 de quarta-feira e as 24:00 de sexta-feira, os trabalhadores farão greve total.

No comunicado hoje divulgado, a Metro Transportes do Sul (MTS) avançou ter sido, “uma vez mais, confrontada com um novo pré-aviso de greve convocado pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) que, ao contrário de outras estruturas sindicais representadas na empresa, continua irredutível na negociação salarial para 2023”.

De acordo com a MTS, no âmbito de conversações regulares com as forças sindicais, conseguiu chegar a entendimento sobre a tabela remuneratória a aplicar em 2023 “reflectindo uma actualização salarial bastante acima da inflação esperada para um conjunto de categorias”.

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No entanto, diz a empresa, o SMAQ “recusou-se a negociar e, desde então, a MTS não recebeu qualquer contacto com o sindicato”.

“O silêncio do SMAQ foi apenas interrompido para avançar com um novo pré-aviso de greve mostrando que não há qualquer vontade de negociar no sentido de melhorar as condições salariais dos seus associados”, revela a nota.

A MTS adianta ainda em comunicado estar a aguardar pela definição dos serviços mínimos “de forma a atenuar os constrangimentos esperados na operação essencialmente entre as 17:00 de dia 15, dias 16, 17 e 18 de Novembro”.

A empresa refere também que tem, desde 2007, data do início da operação, “aprovado inúmeras medidas que se têm traduzido numa melhoria reiterada das condições salariais e de trabalho dos seus colaboradores”.

A Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) avançou na quinta-feira, em comunicado, que tinha chegado a acordo com a empresa relativamente aos salários para 2023, com “actualização média na tabela em 7,4%, com garantia de aumento mínimo de 80 euros”.

“Para a generalidade dos trabalhadores significa um aumento de 9,6% e de 7% nas restantes rubricas, que garante a cada trabalhador mais de 100 euros de aumento no seu rendimento mensal”, acrescentou a federação.

Os maquinistas da MTS agendaram a greve para exigir a abertura de negociações, aumentos salariais, progressão na carreira e melhor manutenção dos equipamentos.

Esta greve mantém-se, apesar daquele acordo com a FECTRANS, porque a estrutura sindical que a convocou – Sindicato dos Maquinistas – não teve negociações com a administração da empresa.

“Se houve acordo, desconheço. Não fomos contactados pela empresa, portanto, a greve mantém-se”, disse à agência Lusa o presidente da direcção do Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), António Domingues, na quinta-feira.

O sindicalista referiu ainda que o SMAQ é o “único sindicato com legitimidade” para negociar as condições de trabalho dos maquinistas da MTS.

À Lusa, o coordenador da FECTRANS, José Manuel Oliveira, distanciou-se da paralisação, afirmando que a federação “não avançou com nenhuma greve”.

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