26 Junho 2024, Quarta-feira

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Menina de dois anos esquecida dentro de autocarro escolar no Barreiro [ACTUALIZADA]

Menina de dois anos esquecida dentro de autocarro escolar no Barreiro [ACTUALIZADA]

Menina de dois anos esquecida dentro de autocarro escolar no Barreiro [ACTUALIZADA]

Mãe da menina já se deslocou à PSP do Barreiro para apresentar queixa. Caso ocorreu no colégio O Carinho e em causa está o crime de abandono

 

Uma criança de dois anos ficou esta segunda-feira esquecida dentro do autocarro escolar, no Barreiro, no qual permaneceu durante oito horas. O caso ocorreu no colégio O Carinho, no Barreiro. A mãe da menina, Soraia Antão, 26 anos, conta que a criança foi retirada da carrinha quando contactou a educadora a perguntar como estava a correr o dia.

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Esta deu pela falta da menina, que foi encontrada na carrinha, apática, desidratada, em choque e com fome. A mãe já se deslocou à PSP do Barreiro para apresentar queixa. Em causa está o crime de abandono e Soraia será ouvida em Novembro. 

Na segunda-feira, a menina saiu de casa, na Baixa da Banheira, no transporte escolar do colégio perto das oito horas da manhã. Durante a tarde, Soraia enviou um e-mail à educadora da filha a perguntar como estava a correr o dia. “Não me responderam ao e-mail. Achei estranho”. Um dia depois soube que foi nesse momento que a educadora perguntou a Gilberto onde estava a criança e que este foi encontrá-la na viatura. 

Ao final da tarde de segunda-feira, a menina foi deixada em casa na mesma carrinha. Soraia perguntou como correu o dia e tanto Gilberto como a menina responderam que correu bem. “Ele disse-me que ela comeu, dormiu a sesta e brincou com os meninos. A minha filha disse apenas que brincou”. 

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Quando deu banho à menina, Soraia reparou que tinha marcas no corpo. Julgou tratar-se de agressões por um menino mais velho na sala e enviou uma mensagem a Gilberto, afirmando que iria falar com a educadora no dia seguinte para perceber porque é que a filha tinha aquelas marcas e não havia qualquer recado. 

“O senhor Gilberto pediu para não me dirigir ao infantário no dia seguinte, pois não estaria lá, mas fui. Levei a menina no meu carro e abordei a educadora, que me pareceu em pânico”, conta Soraia. 

Nessa terça-feira, à hora de almoço, Soraia, Gilberto e a educadora falaram e foi explicado a Soraia que a menina não tinha sido agredida pelo colega de sala, mas que tinha sido deixada por engano na creche da instituição, no Lavradio. “O senhor Gilberto disse que a deixou lá por engano quando deixou o neto e foi buscá-la à tarde”. 

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Soraia regressou a casa, deixando a filha no colégio. “Recebi um e-mail de uma auxiliar a pedir para que lhe telefonasse urgentemente e assim soube que a minha filha foi deixada na carrinha o dia inteiro em frente ao colégio. A auxiliar viu o senhor Gilberto a dirigir-se à carrinha e retirar de lá a menina, que estava apática, em choque, desidratada e com fome”. 

Soraia regressou ao colégio durante a tarde dessa terça-feira e retirou a menina da sala onde esta dormia. “Pediram-me desculpa, ninguém admitiu que a menina ficou na carrinha, mas disseram-me que não sabiam o que tinha acontecido”.

Nessa tarde, Soraia dirigiu-se à esquadra da PSP do Barreiro e apresentou queixa na companhia da auxiliar que se identificou como testemunha. Vai ser ouvida em Novembro num processo instaurado por crime de abandono.

 

Soraia tem estado com a filha em casa desde então e não pensa já em encontrar um novo colégio. “Perdi a confiança nas instituições. Se isto acontece num colégio bem referenciado, onde nunca houve qualquer queixa, o que me diz que não volta a acontecer noutro?”. A filha, diz, está em choque com o que aconteceu. Contactado por telefone, o colégio informou que não iria prestar esclarecimentos sobre o caso.

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