A Câmara Municipal da Moita anunciou que está a investigar o surgimento de vários animais mortos, em especial patos, na confluência do Rio da Moita com a Caldeira da Moita, junto ao Largo da Feira. Os deputados do PS já questionaram o Ministério do Ambiente.
“Nos últimos dias, surgiram muitos exemplares de aves mortas na confluência do Rio da Moita com a Caldeira da Moita, junto ao Largo da Feira. A fim de apurar as causas deste incidente, a Câmara Municipal da Moita tem estado a proceder a diversas diligências junto das entidades competentes”, refere a autarquia em comunicado.
Nas redes sociais surgiram vídeos e fotografias em que é possível os animais muito debilitados ou já mortos na zona da Caldeira da Moita.
A autarquia salienta que já contactou o Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR e a Divisão de Alimentação Veterinária de Setúbal, a Direcção de Serviços de Alimentação e Veterinária da Região de Lisboa e Vale do Tejo, tendo também efectuado várias análises com o Laboratório Pró Qualidade (LPQ) para investigar as causas.
Também o Partido Socialista da Moita abordou o tema, lembrando que já tinha interrogado a autarquia, liderada por Rui Garcia (CDU), sobre o assunto.
“Não obstante o PS ter interrogado a Câmara sobre a morte de patos e peixes no Rio da Moita e na Caldeira e termos obtido como resposta que já tinham feito queixa à GNR e a diversas entidades, a verdade é que a mortandade continua”, refere o PS Moita.
Os deputados do PS, eleitos pelo Círculo Eleitoral de Setúbal, anunciaram hoje que já questionaram o Ministério do Ambiente sobre a ocorrência detectada.
“Na vala real que percorre a área que vai da Autoeuropa (Palmela) até à caldeira da freguesia de Moita (Moita) foram, recentemente, identificados patos e pombos mortos, o que permite presumir ter existido descarga inadequada”, referem os deputados.
Eurídice Pereira, deputada e coordenadora do grupo de deputados socialistas de Setúbal, refere que é publico que a ocorrência foi participada à GNR, mas que se desconhecem mais pormenores.
“Queremos saber se é do conhecimento do Ministério do Ambiente a referida ocorrência e o que dela se conhece, se teve participação da ocorrência por parte da Câmara Municipal da Moita, que diligências pretende o Ministério desenvolver para identificar a origem do problema e procurámos ainda saber se, nos últimos três anos, teve algum conhecimento de ocorrências na referida vala real e que medidas foram tomadas”, afirmou.