É “inadmissível que mais uma vez seja adiada a construção de um equipamento que é fundamental para os cerca de 500 mil habitantes da região”, comenta o presidente da Câmara do Seixal, Joaquim Santos
O futuro hospital no Seixal voltou a sofrer mais um atraso. Agora o Governo decidiu prorrogar o prazo do concurso para a construção e “volta a adiar por mais 90 dias a conclusão do processo”, acaba de dar a saber a Câmara do Seixal.
É “inadmissível que mais uma vez seja adiada a construção de um equipamento que é fundamental para os cerca de 500 mil habitantes da região”, comenta o presidente da Câmara, Joaquim Santos, sobre mais este adiamento.
“Uma vez mais, a população do concelho do Seixal volta a ser prejudicada. Mesmo quando em plena pandemia se verifica a necessidade urgente de mais uma unidade hospitalar que dê resposta na Margem Sul, o Governo decide prorrogar o prazo das propostas do concurso por mais 90 dias, que já devia ter sido decidido há um ano”, acrescenta Joaquim Santos.
Para a Câmara do Seixal o hospital do Seixal “assume-se como a grande prioridade”, por isso há vários anos reclama junto do Governo a construção deste equipamento. Mais ainda quando “o Hospital Garcia de Orta, em Almada, que serve os munícipes do Seixal, Sesimbra e Almada, há muito que se encontra em ruptura e sem capacidade de dar resposta à população da região”.
O governo comprometeu-se a construir o hospital do Seixal em 2009, mas as promessas têm sido constantemente adiadas, já que “11 anos depois nem sequer foi escolhido o projecto”, lembra a auarquia.
Em Dezembro de 2015, após um abaixo-assinado com mais de 8 mil assinaturas, foi aprovada uma resolução da Assembleia da República no sentido da construção urgente deste equipamento.
No Orçamento do Estado para 2017 foi inscrita uma verba de 10 milhões de euros para relançar o projecto e o concurso, tendo sido mesmo noticiado o seu arranque em Julho de 2017.
Contudo, só em Junho de 2018, com a assinatura de uma nova adenda ao acordo inicial, em que a Câmara Municipal do Seixal assumiu os custos da construção das acessibilidades – 3 milhões de euros -, foi possível lançar novo concurso.
No entanto, o júri prorrogou o prazo de manutenção das propostas a concurso por mais 60 dias úteis, uma vez que uma das entidades intervenientes, a Administração Central do Sistema de Saúde, “não concluiu em tempo útil a análise das propostas no domínio da arquitectura. Agora, esse prazo volta a ser prorrogado, “num processo que se arrasta há demasiado tempo, prejudicando as populações”, protestar o executivo municipal.