As duas empresas têm até ao final deste mês para concluir estudo sobre reforço da frota. Secretário de Estado José Mendes diz que investimento é viável
O secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes, disse ontem, no parlamento, que está em estudo a aquisição de 10 embarcações para reforçar a frota da Transtejo e da Soflusa, adiantando que se trata de “um investimento viável”.
Numa audição na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, o governante avançou que existem 17 milhões de euros disponíveis do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) para corrigir a actual “escassez da frota da Transtejo e da Soflusa”.
A verba do POSEUR tem de ser utilizada para “melhorar no ponto de vista ambiental” a operacionalização das duas empresas que operam o serviço de ferry na região de Lisboa, referiu o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, revelando que está em cima da mesa a possibilidade de os navios a adquirir serem híbridos.
De acordo com José Mendes, cada embarcação tem o custo de cinco milhões de euros, pelo que o Governo vai ter de disponibilizar uma verba de cerca de 33 milhões de euros para somar aos 17 milhões de euros do POSEUR.
“Esse é um investimento que é viável”, reforçou o governante, explicando que a Transtejo e a Soflusa têm até ao final de Fevereiro para concluir o estudo sobre o reforço da frota.
A compra de 10 embarcações não visa a renovação de toda a actual frota, mas “há claramente navios que não podem continuar a operar”, indicou o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente.
Capacidade da Soflusa ‘é maior do que há um ano’, diz ministro
Antes das declarações de José Mendes, já o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, tinha respondido às perguntas do deputado do PSD Carlos Silva sobre os problemas da Transtejo e da Soflusa.
O ministro reconheceu que o actual executivo não aumentou a oferta nestas duas empresas de transporte público, avançando que vai ser aberto “um concurso para a renovação de uma parte da frota”. Apesar dos constrangimentos, “neste momento, a capacidade de operação da Soflusa é mesmo maior do que aquela que era há um ano”, referiu o governante.
Sobre a ocorrência de “um pequeno toque” com uma embarcação da Soflusa, recentemente, João Matos Fernandes explicou que a empresa recorreu ao navio “São Jorge”, que pertence à Transtejo.
“É mesmo indiferente saber se é da Transtejo”, afirmou o ministro do Ambiente, em resposta ao deputado do PCP Bruno Dias, explicando que “a Soflusa para funcionar bem tem de ter seis navios”.
DIÁRIO DA REGIÃO com Lusa