10 Agosto 2024, Sábado

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Futre vai receber Medalha de Ouro do Concelho 28 anos depois de lhe ter sido atribuída

Futre vai receber Medalha de Ouro do Concelho 28 anos depois de lhe ter sido atribuída

Futre vai receber Medalha de Ouro do Concelho 28 anos depois de lhe ter sido atribuída

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A atribuição da mais alta distinção do município foi decidida em 1993, pelo executivo de Jacinta Ricardo

 

Paulo Futre, que conquistou um lugar na História como um dos maiores futebolistas do Mundo de todos os tempos, vai receber a Medalha de Ouro do Concelho do Montijo a 14 de Agosto próximo, no Dia da Cidade. Isto, 28 anos depois de o executivo camarário presidido por Jacinta Ricardo ter decidido (na reunião de 26 de Maio de 1993) atribuir-lhe a mais alta distinção do município.

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A cerimónia de entrega deveria ter sido realizada nesse mesmo ano, mas na altura Futre manifestou indisponibilidade e, mais tarde, em entrevista concedida à Revista Municipal de Junho de 2013, admitiu que a sua terra ainda não lhe tinha feito a distinção que entendia merecer. “Entregaram-me uma medalha, que não pude ir receber. Agradeço, mas isso era uma homenagem que ia ser feita a tantos outros”, disse então àquele órgão de informação institucional.

A entrega do galardão – prevista realizar-se no Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida – vai agora consumar-se, depois de o antigo futebolista e maior embaixador do nome do Montijo pelos “quatro cantos do Mundo” ter garantido disponibilidade, solicitado que foi para o efeito pelo presidente da Câmara, Nuno Canta.

O executivo municipal aprovou, de resto, uma proposta de renovação da deliberação tomada pela Câmara em 1993. Com o merecimento e a entrega da distinção todo o executivo se mostrou de acordo. Mas quanto à renovação de uma deliberação, que nunca foi revogada, não. Carlos Jorge de Almeida, vereador da CDU, alertou Nuno Canta para o facto de “juridicamente o acto [atribuição da medalha] estar praticado” e que o mesmo “é legal e legítimo”. Ao presidente, frisou, “compete executar as deliberações da Câmara e a de 1993 deve ser cumprida”. Logo, adiantou, “basta entregar a medalha no momento e no acto solene que merece”. E reforçou: “Não faz sentido renovar uma coisa que foi decidida. Não podemos votar uma coisa que já foi votada. O senhor não é obrigado a saber de leis, precisa que o ajudem. Vai fazer má figura , cair no ridículo.”

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Antes já Nuno Canta havia justificado a proposta. “Nós falhámos na entrega da medalha. As questões não foram bem resolvidas entre a Câmara e o [ex-]atleta. A Câmara guardou a medalha num cofre, mas hoje já não é aproveitável. Temos a necessidade de comprar uma nova medalha. E para não deixarmos mácula sobre os autarcas de então, renovamos esta menção honrosa”, disse o socialista, que admitiu ainda ter apresentado “desculpas” a Paulo Futre.

Carlos Jorge de Almeida e, mais à frente, o vereador do PSD, João Afonso, solicitaram que a proposta fosse retirada da ordem de trabalhos. Nuno Canta não aceitou e, para não deslustrar a deliberação, a CDU decidiu votar a favor. O documento acabou por ser aprovado por unanimidade.

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