Frederico Rosa: “Não haver retrocesso depende de todos nós” [galeria de fotos]

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Fotos de José Costa||||||||||||

Presidente da Câmara do Barreiro pede valorização da substância no debate político que considera estar transformado numa “discussão futebolística”

 

“A política está hoje quase transformada numa discussão clubista em que quem não concorda comigo é contra mim. Falta tolerância e respeito, não há pontes nem consensos.”, foi assim que o presidente da Câmara do Barreiro iniciou a intervenção na sessão solene que a Assembleia Municipal dedicou aos 49 anos do 25 de Abril.

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No aviso que deixou, Frederico Rosa frisou que, todos os que consideram que “a democracia está ameaçada” devem agir. “Façamos o que é preciso para inverter, que é lançar pontes e consensos”, disse o autarca socialista.

“A democracia é algo de todos para todos. Haverá sempre quem não se reveja, porque há vencedores e vencidos, mas há uma coisa em que todos nos revemos, que é a liberdade.”, continuou.

“Há que desfutebolizar o discurso político”, disse, enaltecendo a importância do conteúdo sobre as expressões mediáticas que são, muitas vezes, a única preocupação de certos actores políticos.

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“A liberdade é um valor inalienável independente das opções políticas de cada um”, atirou Frederico Rosa.

“Agora sei que o não haver retrocesso está nas mãos de nós todos. Possamos defender os valores da liberdade, combater quem quer voltar ao passado, que reconheçamos as falhas. Mas só o conseguiremos se trabalharmos unidos. Os que hoje não tem esperança têm que acreditar que é na democracia e na liberdade que vai ser construído o futuro.”, concluiu o presidente da câmara municipal.

Já o presidente da Assembleia Municipal do Barreiro, defendeu que Abril deve ser celebrado na rua e em festa mas também em sala, porque foi também em reuniões que muitas conquistas destes 49 anos foram planeadas e decididas.

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André Pinotes Batista (PS) fez a apologia da tolerância e da união. “Na Assembleia Municipal todas as ideologias cabem desde que se respeitam umas às outras e à Carta dos Direitos Humanos. É na sala do Pode Local, da esquerda à direita, que nós temos que nos unir para concretizar aquilo que falta.”, disse.

Para o presidente da assembleia, o bem maior destes 49 anos é cada um respeitar a diferença. “É proibido ter radicalismos que não respeitem este humanismo, mas tudo o resto é permitido”, afirmou Pinotes Batista.

Zélia Silva, deputada municipal do PS avisou que “é proibido adormecer”, porque “os monvimentos populistas aprofundam o fosso entre eleitos e eleitores e semeiam o caos que põe em risco a democracia”.

Filomena Vitorino, eleita da CDU, alertou para a existência de “novas tentativas de branqueamento do fascismo” e recordou que o 25 de Abril trouxe os direitos fundamentais, o direito à greve, melhores salários, a criação do SNS, o alargamento da Segurança Social, a escola pública e o Poder Local.

“Cabe-nos lutar todos os dias para que as conquistas de Abril não sejam perdidas”, disse, apontando que o Poder Local precisa de ser defendido, por exemplo, contra “falsas descentralizações”.

Vítor Nunes, do PSD, mostrou-se preocupado com o momento. “Sinto que o 25 de Abril está em perigo e temos de fazer alguma coisa por isso, cada um de nós. Vai passar a ser um evento da história de que as pessoas vão estar, pouco a pouco, cada vez mais distanciada.”, disse. E defendeu que, mais do que nas palavras, Abril tem de estar nas acções dos eleitos. “Nós, os democratas, temos de estar atentos”, atirou.

Nuno Chambel, do Chega, disse que Abril trouxe também outras coisas, além da liberdade, como a descredibilização da regulação, a falha da justiça, escolas transformadas em centros de formatação e um ensino superior que promove a preguiça. Terminou com um viva também ao 25 de Novembro de 1975.

Sara Rosado, do BE, recordou que a liberdade não é plena, que não chegou ainda a algumas franjas da população. A bloquista disse que não é livre quem tem de submeter-se a trabalho precário, sofre discriminação, quem dorme na rua ou “tem de contar trocos todos os dias devido à inflação galopante”.

Na cerimónia estiveram presentes representantes de várias associações, dos bombeiros e das forças de segurança e o presidente, assim como uma administradora, da Baia do Tejo.

 

 ‘Os Franceses’ animaram sessão solene

A sessão da Assembleia Municipal do Barreiro, ontem à noite, contou com um apontamento musical pela Academia de Jazz d’Os Franceses’. A jovem aluna Sofie Reis cantou três temas de Zeca Afonso, acompanhada por Francisco Neves e José Monteiro, professores da academia

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