Gerir a classificação como Reserva da Biosfera da UNESCO obriga a um trabalho que envolve toda a comunidade e economia local, diz o presidente da Câmara de Sesimbra
Para o presidente da Câmara de Sesimbra, Francisco Jesus, a classificação Arrábida Reserva da Biosfera da UNESCO, pelo Conselho Coordenador Internacional do programa Man and the Biosphere, no passado sábado, é prova do bom trabalho desenvolvido pelos municípios de Sesimbra, Setúbal e Palmela, pela Associação de Municípios da Região de Setúbal e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, que apresentaram a candidatura.
Agora é momento de definir o que tem de ser a gestão de uma reserva da Biosfera. “Isto não implica restrição, pelo contrário, abrem-se grandes oportunidades para todo este território fantástico”.
Para o autarca, a primeira oportunidade é a dimensão “mediática” que o território passa a ter por ser reserva da Biosfera. Não menos importante é a “necessária partilha entre as entidades públicas e privadas que aqui têm atividades económicas”. Na mesma linha vem o reconhecimento do “valor natural deste território” para as populações locais e turismo.
Francisco Jesus aponta que a gestão deste território tem de envolver toda a comunidade, uma vez que a classificação reserva da Biosfera vem “catapultar a economia e não são só as empresas de animação turística, em particular as mais ligadas ao turismo natureza”.
Avançando que o passo seguinte é criar grupos de trabalho em várias áreas, reconhece que o concelho de Sesimbra vai captar mais valias particularmente ao nível do turismo. “Sesimbra não é só sol e mar. Temos características únicas através dos nossos produtos locais, património, tradições, cultura e uma identidade própria, tudo isto faz com um território que é único”, afirma.
Para Francisco Jesus não há assim qualquer dúvida de que a classificação da Arrábida como reserva da Biosfera vem “claramente potenciar” este território, por conta do “património natural de sustentabilidade de valores ecológicos e ecossistemas que podem ser visitáveis”.
Lembra o presidente da Câmara de Sesimbra que a diversificação do turismo está plasmada no Plano Estratégico do Turismo, do qual o concelho faz parte, que foca o património natural dos concelhos de Sesimbra, Setúbal e Palmela. Ou seja, vai desde a gastronomia, ruralidade, produtos tradicionais e património edificado. “Tudo isto tem de ser valorizado, e agora temos esta grande oportunidade de sermos Reserva da Biosfera da UNESCO”, diz.