Filipe Costa: “A aicep Global Parques é relevante no distrito, atrai investimento e cria riqueza”

Filipe Costa: “A aicep Global Parques é relevante no distrito, atrai investimento e cria riqueza”

Filipe Costa: “A aicep Global Parques é relevante no distrito, atrai investimento e cria riqueza”

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A par do crescimento económico, captar produção industrial e investimentos de milhões, a aicep Global Parques gera emprego na região

 

Responsável pela gestão de dois parques industriais, em Setúbal e Sines, a aicep Global Parques tem conseguido atrair indústrias e gerar efeito multiplicador de investimento no Distrito de Setúbal. Filipe Costa, CEO da empresa, destaca que em 2021 o volume de negócios cresceu 9,43% em relação ao ano transacto, e perspectiva já que em 2022 o crescimento vai rondar os 10%.

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Qual é o balanço que a aicep Global Parques pode fazer já do ano económico de 2021?

Muito positivo. O volume de negócios da aicep Global Parques cresceu 9,43% em relação a 2020. Como a evolução do nosso volume de negócios reflecte essencialmente a retenção e instalação de novas indústrias na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), esse crescimento significa que atraímos mais investimento produtivo, criador de riqueza e apreciador de salários.

Quais são as maiores conquistas no que diz respeito aos parques em Setúbal e Sines?

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A aicep Global Parques é uma empresa relevante no Distrito de Setúbal, onde gere dois parques empresariais, o BlueBiz – Parque Empresarial da Península de Setúbal e a ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines. No BlueBiz as maiores conquistas de 2021 foram a entrada de várias indústrias químicas, como a Euronavy e a Clever Leaves. Na ZILS foram os contratos de expansão da Repsol Polímeros, para duas novas fábricas, e entrada do Start – Sines Transatlantic Renewable & Technology Campus, um centro de dados de 495MW de potência a energias renováveis.

Das estratégias definidas para os parques de Setúbal e de Sines, individualmente, o que destaca?

No BlueBiz a nossa estratégia é atrair indústrias químicas que tenham um efeito multiplicador no desenvolvimento industrial da Península de Setúbal. Temos vantagens competitivas que nos distinguem junto dos investidores, como o licenciamento industrial, um reduzido custo de electricidade e a ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) dedicada. Na ZILS a nossa estratégia assenta em três vectores: “ZAL Sines – Zona de Actividades Logísticas”, que visa criar um hub logístico global no Alentejo, baseado na duplicação de capacidade em curso do actual Terminal de Contentores de Sines, Terminal XII, de 2 para 4 milhões de contentores por ano, e no advento de um segundo terminal de contentores, Terminal Vasco da Gama, que novamente duplicará a capacidade do Porto de Sines para um total de 8 milhões de contentores por ano. A par da reorientação do Terminal Multiusos para novas cargas gerais no póscarvão e em conjugação com Terminal de Carga Aeroportuária de Beja. No caso da “Energia Sul” é a marca sob a qual agregamos os sectores energético, refinador, petroquímico e químico, em que pontificam a transição energética e a economia circular. O “Sines Tech – Innovation & Data Center Hub” visa construir um cluster de infra-estruturas de telecomunicações que habilitem o País à transição digital e o catapultem na economia de dados.

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No caso de Sines, há vários grandes investimentos em curso ou em perspectiva, como o hidrogénio e a expansão da Repsol. Qual é o papel da aicep Global Parques neste contexto local?

A aicep Global Parques promove a captação desses investimentos, em estreita ligação com outras entidades como o Porto de Sines, a Câmara Municipal de Sines, a ADRAL, a AICEP, a Secretaria de Estado da Internacionalização e a Secretaria de Estado da Energia. Trabalhamos todos juntos e todos os dias na retenção das empresas já instaladas e no seu reinvestimento em novos projectos, bem como na atracção de novos investimentos que sejam estruturantes para as estratégias nacionais de inserção logística, transição energética e transição digital. Os investimentos em curso e potenciais no Complexo Portuário, Logístico e Industrial de Sines somam 14 mil milhões de euros, na sua grande maioria privados. Na logística temos 2,5 mil milhões de euros entre a duplicação em curso do Terminal XXI, o futuro Terminal Vasco da Gama, o desenvolvimento da ZAL Sines e as novas ligações rodoviárias e ferroviárias ao Complexo de Sines. Na transição energética e em economia circular ascendem a 7,5 mil milhões de euros, a começar pela expansão do Complexo Petroquímico de Sines, da Repsol Polímeros, e os novos projectos, incluindo de hidrogénio, quer na Refinaria de Sines, da GALP, quer na ora desactivada Central Termoeléctrica de Sines, da EDP. Além de um conjunto de investimentos por outras empresas na produção de gases renováveis, hidrogénio e amónia ‘verdes’, e em indústria química circular. Na transição digital os investimentos em Estações de Amarração de Cabos submarinos de telecomunicações e em centros de processamento e armazenamento de dados somam 4 mil milhões de euros.

O Instituto Politécnico de Setúbal e o município de Sines formalizaram a intenção de criar uma Escola Tecnológica de ensino superior no Litoral Alentejano. Como vê essa aposta?

É uma aposta importante, na qual participamos activamente a par das principais empresas instaladas e em instalação no Complexo de Sines, para qualificar os jovens e requalificar os trabalhadores do Litoral Alentejano. Na dupla perspectiva de aumentar a atractividade do território para este novo tipo de investimentos mais exigentes, das transições de logística, energética e digital, ao mesmo tempo que se procura garantir o acesso privilegiado da população local às novas oportunidades de emprego que geram.

Quais são as perspectivas da aicep Global Parques para 2022?

Crescer novamente em torno de 10%, ou seja, trazer mais e melhor crescimento económico, produção industrial e emprego para o Distrito de Setúbal.

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