Festival de Almada avança para a 40ª edição com duas estreias

Festival de Almada avança para a 40ª edição com duas estreias

Festival de Almada avança para a 40ª edição com duas estreias

Nove são os palcos que vão receber 20 peças de teatro, de entre as quais se destacam oito de autores portugueses

 

Todos os anos as edições são especiais, mas quando o número é redondo o sentimento fica mais prazeroso. É o caso da 40.ª edição do Festival de Almada, um certame de artes performativas que é considerado pelos organizadores do evento, a “maior iniciativa de teatro em Portugal”.

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O cartaz de actuações e encenadores foi divulgado, na passada sexta-feira, no auditório da Casa da Cerca, em Almada, e revelou a vinda de caras internacionais, que já são conhecidas no festival, e duas peças de estreia da autoria da Companhia de Teatro de Almada e do Teatro GRIOT. Teatro, dança e novo circo, estas são as temáticas que pode esperar encontrar no concelho de Almada entre os dias 4 e 18 de Julho, onde estão previstas inúmeras actividades relacionadas com a encenação e o mundo das artes performativas.

Ao todo serão 20 espectáculos em que oito são portugueses. Estas encenações vão ser apresentadas em nove palcos de Almada, Teatro Municipal Joaquim Benite, Escola D. António da Costa, Fórum Romeu Correia, Incrível Almadense, Academia Almadense, e da outra margem do rio Tejo em Lisboa, Centro Cultural de Belém.

Além das duas peças que vão estrear no festival o evento vai receber outras novidades na programação, como uma peça libanesa encenada por Hanane Hajj Ali, onde vai ser apresentado ao público, um espectáculo “brutal e sombrio” em que o tema principal gira em como uma mãe poder matar um filho. Abdelwaheb Sefsaf, proveniente tam bém do Médio Oriente, vai expor a peça “Ulisses de Taourirt”, num círculo de teatro feito por olhos árabes.

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O espectáculo de honra, que resulta da votação do público na edição anterior do certame, vai ser a peça “Eu sou a minha própria mulher” de autoria de Doug Wrigth na encenação que Carlos Avilez dirigiu para o Teatro Experimental de Cascais. Marco D’ Almeida interpretou nestes espectáculos e arrecadou um Globo de Ouro pela performance. A encenação, premiada pela plateia, vai ser mostrada no Fórum Romeu Correia a 7 de Julho, às 21h30, e a 9 de Julho às 18h00 e no dia 11 às 21h30.

“Não há um tema, o tema é o teatro, era demasiado pedagógico estar a dedicar a um festival de teatro um tema e até me parece bastante contraditório, a ideia de um festival é tudo e este festival é de teatro e teatro é vida e dizer que só vamos falar de um tema parece que é mui[1]to redutor”, explicou o director artístico do Festival de Almada, Rodrigo Francisco, ao justificar o porquê de não existir um tema associado ao evento.

Fez ainda um aviso sobre a peça “Aniversário” de Peter Stein, já que o encenador está a “preparar-se para a reformar” e pode ser a última oportunidade para ver a peça com toda a essência do encenador alemão. Fora dos palcos de teatro podem ainda esperar-se concertos, com entrada livre, na esplanada da Escola D. António Costa com começo entre as 20h00 e as 20h30, e um encontro dedicado ao tema “A inteligência artificial e a criação artística” que irá decorrer a 8 de Julho, às 15h00, na Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea.

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O preço dos bilhetes vai variar entre os 13 e os 35 euros, dependendo da peça e do local onde vai ser apresentada. Quem quiser tirar o maior proveito possível desta experiência teatral pode comprar o passe geral por 85 euros, sendo que os membros do Clube de Amigos do Teatro Municipal Joaquim Benite vão usufruir de um desconto neste passe, ao que vai ficar a custar 68 euros. Um ano de números redondo.

Para a presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, todas as datas estão a bater certo, pois este ano, além do cumprimento dos 40 anos do festival, Almada celebra 50 anos de elevação de vila a cidade, a Casa da Cerca comemora 30 anos e o Museu de Almada também celebra 20 anos de existência. Todos números que tornam 2023 um ano muito especial o concelho almadense.

Em relação ao Festival de Almada, Inês de Medeiros fala numa “selecção maravilhosa de companhias e encenadores” feita pela organização do evento e acrescenta que tem “muito orgulho” que Almada seja considerada a capital do teatro de Portugal.

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