Fernando Pinto afirma que serviço público rodoviário em Alcochete vai de mau a péssimo

Fernando Pinto afirma que serviço público rodoviário em Alcochete vai de mau a péssimo

Fernando Pinto afirma que serviço público rodoviário em Alcochete vai de mau a péssimo

Na próxima terça-feira, o presidente da Câmara de Alcochete vai reunir com a AML e a administração da Transportes Metropolitanos de Lisboa  

O presidente da Câmara de Alcochete, Fernando Pinto, afirma que o serviço de autocarros da operadora Alsa Todi no concelho vai de “mau a péssimo e nunca atingiu a normalidade”. Com isto, é prejudicado quem necessita deste transporte para trabalhar e as crianças nas deslocações à escola, e aqui apontou o caso das que moram no Passil.

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Na sequência desta insatisfação, o autarca vai reunir na próxima terça-feira com o primeiro-secretário da Área Metropolitana de Lisboa (AML), Carlos Humberto, com a administração da Transportes Metropolitanos de Lisboa, vereadores e técnicos do município para abordar questões relacionadas com o serviço de autocarros.

O anúncio desta reunião foi feito pelo próprio Fernando Pinto na sessão pública de câmara, de 27 de Setembro, após o vereador Jorge Giro, da CDU, ter dito que “algumas crianças do Passil têm de ir a pé para a escola em Alcochete”. É que, “há dias em que não há autocarro”.

Situação que foi confirmada pelo presidente da autarquia (PS). “Tínhamos noção de que este serviço da Alsa Todi poderia não correr bem, por isso fizemos um acompanhamento muito assertivo em relação a esta matéria”, comentou, e pediu a colaboração dos cidadãos para denunciarem o que não está a correr como devia com o serviço rodoviário.

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“Toda e qualquer reclamação deve ser remetida para os Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) com conhecimento para a Câmara Municipal. Só assim vamos tendo conhecimento detalhado e pormenorizado do que são as falhas da operadora, e assim reunir as condições para que, em sede própria, possamos ultrapassar estas adversidades”.

E uma das sedes próprias foi a reunião na quinta-feira, na passada semana, no Conselho Metropolitano, onde Fernando Pinto, admite, que foi ‘duro’ nas críticas à operadora que presta serviço no concelho.

“Há uma diferença abismal entre o que ficou plasmado e aquilo que a Câmara de Alcochete quer que sejam os transportes rodoviários no concelho”. Para o autarca, a empresa tem de cumprir com as obrigações a que se comprometeu quando ganhou o concurso internacional da AML para o novo sistema público rodoviário neste território.

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“Existem paragens de autocarros que ainda não têm horários colocados; não está a funcionar o painel electrónico em Alcochete com indicação do tempo de espera entre autocarros; há carreiras que não cumprem os horários e outras que nem o fazem. Isto é muito complicado para as pessoas”, referiu nessa reunião, apontado as localidades do Passil, Samouco e Alcochete.

Entretanto, deu a saber que a administração da TML está a desenvolver procedimentos jurídicos para aplicação de coimas por incumprimento da parte da operadora. Um assunto que não chegou a ser tratado na última reunião do Conselho Metropolitano, e que o autarca não coloca, para já, como determinante. “A grande preocupação é resolver as falhas consecutivas dos transportes rodoviários, particularmente, incumprimento no início do ano lectivo”, e continuou:

“É inadmissível que as crianças do Passil tenham de se deslocar até à escola em Alcochete sem autocarro”, o que significa uma “distância de 10 quilómetros”.

Frisa ainda que vai reforçar junto da AML que a situação de Alcochete é invulgar perante os 18 concelhos que integram este território e, particularmente, entre os nove da península de Setúbal. “Em Alcochete, a única opção de transporte é o rodoviário. Se este falhar, não temos outra alternativa pública”.

Depois da reunião, mais restrita, prevista para terça-feira, o Conselho Metropolitano volta a reunir em Outubro e, adianta o autarca de Alcochete que a situação no concelho será tema e reflexão.

“Pretendemos que a operadora cumpra com o que está definido no caderno de encargos: a manutenção dos horários que existiam no âmbito dos Transportes Sul do Tejo, reforço das carreiras porque a população foi crescendo, e tem de haver autocarros nas zonas que ganharam dinamização económica como o Parque Industrial do Batel”.

 

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E-mail de descontentamento

“Pagamos para termos o serviço de excelência que nos prometeram”

Fernando Pinto diz já ter escrito à Administração dos Transportes Metropolitanos de Lisboa sobre o descontentamento da população e autarcas de Alcochete relativamente à operação da Alsa Todi. No e-mail, que agora leu em reunião de câmara, e que antes tinha dado conhecimento às três juntas de freguesia do concelho, Alcochete, Samouco e São Francisco e partilhado com o Conselho Metropolitano de Lisboa, referiu:

“Tenho consciência das dificuldades emergentes em relação ao assunto dos transportes, e particularmente pelo serviço prestado pela Alsa Todi, simplesmente deplorável.

Até hoje, não se conseguiu cumprir integralmente com tudo o que encerra o caderno de encargos com esta operadora. O grau de satisfação, varia entre o péssimo e o mau.

A minha preocupação assenta naqueles que todos os dias que sem possuírem outra alternativa ao transporte público utilizam estas carreiras nas suas deslocações e muitas crianças e jovens que todos os dias se deslocam para as escolas. Neste início do ano escolar voltámos a atingir o péssimo no índice de satisfação.

É hora de alterarmos este paradigma e prestar esclarecimentos à população.
Pagamos para termos o serviço de excelência que nos prometeram, mas aquilo que sucede é zero. Todos os dias as pessoas são prejudicadas com este serviço.

Senhores administradores, façam por resolver estes problemas”.

 

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