Estudos para a extensão do Metro Sul do Tejo à Costa e Trafaria avançam já, mas a obra só dentro de cinco a sete anos

Estudos para a extensão do Metro Sul do Tejo à Costa e Trafaria avançam já, mas a obra só dentro de cinco a sete anos

Estudos para a extensão do Metro Sul do Tejo à Costa e Trafaria avançam já, mas a obra só dentro de cinco a sete anos

Ministro Miguel Pinto Luz afirma que o Governo tem uma visão integradora de uma cidade com duas margens

Dentro de alguns anos vai ser possível apanhar o Metro Sul do Tejo em Corroios, concelho do Seixal, e chegar à Costa da Caparica ou Trafaria, no concelho de Almada. O primeiro passo para a extensão deste meio de transporte rápido, eficiente e ecológico, foi dado ontem com a assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal de Almada, o Metropolitano de Lisboa e a Transportes Metropolitanos de Lisboa para a elaboração do projecto.

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Quanto às obras, só deverão chegar ao terreno dentro de “cinco a sete anos”, assim como a “aquisição de material circulante”, disse o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, que esteve ontem, segunda-feira, na Costa da Caparica na cerimónia de assinatura do  protocolo. Quanto à previsão de quando o novo serviço vai estar a funcionar, o governante não adiantou datas.

O novo troço vai acrescentar 6,6 quilómetros à actual rede do Metro Sul do Tejo, e permitirá uma ligação directa ao transporte fluvial com o objectivo de reduzir a dependência do transporte individual, respondendo assim ao compromisso de Portugal de atingir a neutralidade carbónica em 2050.

Além da Costa da Caparica e Trafaria, o metro ligeiro irá passar pelas localidades de Santo António e São João, na Costa da Caparica, dando assim mais acessos às três linhas actualmente em funcionamento: Cacilhas/Corroios, Pragal/Corroios e Cacilhas/ Campus da Faculdade de Ciências e Tecnologia.

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Com o protocolo assinado ontem, o Metro de Lisboa vai iniciar de imediato os estudos técnicos. Um trabalho que tem por objectivo definir os termos e condições de cooperação a estabelecer entre as partes tendo em vista o estudo, planeamento e concretização do projecto de extensão do Metro Sul do Tejo, designadamente no que se refere ao seu objecto, custos, faseamento e definição do traçado.

Sobre a extensão da linha do metro, que chegou a ser anunciada pelo anterior primeiro-ministro, António Costa, a 29 de Março de 2023, durante a iniciativa Governo Mais Próximo, que decorreu no distrito de Setúbal, como lembrou a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, o ministro Miguel Pinto Luz deixou bem claro que, na cerimónia, “não foi lançada a construção [da nova linha do Metro Sul do Tejo], mas sim os estudos”, os quais “tencionamos apresentar nos próximos três anos”, incluindo qual o investimento.

Para o ministro é necessário que estes estudos sejam efectuados “com rigor” para que os actores políticos “no futuro não venham desfazer o grande consenso alargado”, agora assinado. E sobre este consenso que considera fundamental, dirigiu-se ao primeiro-secretário metropolitano, Carlos Humberto de Carvalho, sobre a necessidade dos 18 concelho da Área Metropolitana de Lisboa pensarem em conjunto o desenvolvimento do território. “O Governo tem uma visão integradora de uma cidade de duas margens que não se pode desenvolver apenas na margem norte”, disse.

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Depois de lembrar o ministro que é preciso debater o traçado e tipologia de uma ligação rodoviária entre a Trafaria e Algés, a socialista Inês de Medeiros manifestou satisfação com a assinatura do protocolo que abre caminho à expansão do Metro Sul do Tejo. “Um passo fundamental para concretizar uma antiga ambição do concelho” e, ao mesmo tempo, ao chegar à Trafaria, vai facilitar o acesso desta localidade a Lisboa através do terminal fluvial, realçou.

À empresa pública Metropolitano de Lisboa cabe a responsabilidade pela gestão do projecto estabelecendo e assegurando a colaboração entre as partes, assim como desenvolver e promover o relatório de diagnóstico, fazer a avaliação da viabilidade técnica-económica do traçado de referência e a realização de serviços de cartografia e de topografia, entre outros. Quanto à Câmara Municipal de Almada, ficará responsável por estabelecer as condições de inserção urbana do novo traçado, no território sob sua tutela administrativa, particularmente de harmonização com as áreas urbanas abrangidas pelo novo troço.

Do lado da Transportes Metropolitanos de Lisboa, caberá assegurar a articulação e gestão do projecto de expansão do Metro Sul do Tejo até à Costa da Caparica, abrangendo os estudos sobre tráfego e procura, bem como a harmonização das opções de transporte público com os demais modos de transporte e tarifário no contexto da área metropolitana de Lisboa. “Esta iniciativa visa garantir infraestruturas de conectividade regional, potenciando a máxima eficiência e eficácia do serviço público de transporte de passageiros no seu conjunto”, sublinha a autarquia.

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