21 Julho 2024, Domingo

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Dores Meira: “Setúbal não pode ser deixada à estagnação imposta por uns nem ao retrocesso desejado por outros”

Dores Meira: “Setúbal não pode ser deixada à estagnação imposta por uns nem ao retrocesso desejado por outros”

Dores Meira: “Setúbal não pode ser deixada à estagnação imposta por uns nem ao retrocesso desejado por outros”

Ex-presidente anuncia candidatura independente à Câmara de Setúbal, cerca de três meses depois de ter renunciado ao mandato de vereadora em Almada e ao PCP

Maria das Dores Meira vai candidatar-se à presidência da Câmara Municipal de Setúbal, como independente, nas eleições autárquicas do próximo ano.

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O anúncio foi feito pela ex-presidente da autarquia, no último sábado, através da partilha de um vídeo nas redes sociais (Facebook e Instagram), e veio confirmar a notícia avançada em primeira-mão por O SETUBALENSE em 26 de Abril (https://osetubalense.com/local/maria-das-dores-meira-renuncia-a-mandato-de-vereadora-em-almada-e-podera-apontar-candidatura-a-camara-de-setubal/).

Na mensagem de que irá encabeçar uma candidatura independente – com a duração de 3 minutos e 45 segundos e dirigida especificamente aos setubalenses e azeitonenses –, a palavra “Setúbal” foi a mais utilizada (18 vezes) por Dores Meira, que acentuou ainda por cinco ocasiões a tónica do discurso em “dinâmica”, com críticas implícitas à actual gestão CDU.

“[Esta é] uma candidatura que pretende trazer de volta a dinâmica que marcou o nosso município durante as minhas anteriores presidências, uma dinâmica de progresso e uma governação de acção, a capacidade de fazer. Acredito que Setúbal merece voltar a sorrir e orgulhar todos os que aqui vivem e trabalhem. Setúbal precisa de retomar a sua trajectória de desenvolvimento. Setúbal não pode ficar para trás, Setúbal é demasiado importante para todos nós. Para todos os que amam esta terra”, disse Dores Meira que, além da CDU, visou também a oposição socialista. “Setúbal não pode ser deixada à estagnação imposta por uns nem ao retrocesso desejado por outros.”

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Mas as críticas mais acentuadas foram dirigidas à governação de André Martins. “Ambiciono trazer a nossa Setúbal de volta, trazer de volta a Setúbal que nos orgulha, a Setúbal que se tornou numa referência nacional e internacional. A Setúbal do progresso, da acção, do compromisso e da comunidade”, atirou.

Dores Meira reclamou louros por “tudo o que faz hoje a cidade [de Setúbal] funcionar”, ao evocar obras, projectos e programas desenvolvidos durante os anos em que liderou os destinos do município. Recordou “a reabilitação do Convento de Jesus” e do “Forte de Albarquel”, a criação de “equipamentos culturais, turísticos e de serviços”, a “requalificação da frente ribeirinha” e “projectos sociais”, como o “Nosso Bairro, Nossa Cidade”, o “Setúbal Mais Bonita” ou “o programa ‘Ouvir a População, Construir o Futuro’”.

“Apoiámos o nosso movimento associativo, construímos e reabilitámos novas escolas, cuidámos do espaço público, melhorámos a qualidade de vida no concelho, colocámos Setúbal no mapa, devolvemos o orgulho em ser de Setúbal. E é essa dinâmica que quero revitalizar, e é essa dinâmica que vamos trazer com esta minha candidatura”, juntou, para sublinhar depois que “Setúbal merece uma governação autárquica estável e de confiança, próxima das pessoas e das instituições e, acima de tudo, com capacidade transformadora”.

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“E essa capacidade está nas nossas mãos, vamos criar uma grande onda de cidadania. Vamos trabalhar juntos, com todos, por todos e para todos. Setúbal não pode parar, não vai parar e contem comigo e eu conto com todos. 2025 será um grande ano, Setúbal estará de volta”, concluiu.

Trajecto Renúncia a Almada e ao PCP para voltar onde sempre ganhou

Impedida de se recandidatar à autarquia sadina em 2021, por força da lei de limitação de mandatos, Dores Meira encabeçou, nesse ano, a candidatura da CDU à Câmara de Almada, que acabou por sair derrotada pela candidatura socialista liderada por Inês de Medeiros (reeleita para um segundo mandato). No dia 26 de Abril último, Dores Meira renunciou ao mandato de vereadora na autarquia almadense e viria também a desvincular-se do PCP. Estavam, assim, dados os primeiros passos com o objectivo de voltar a candidatar-se à Câmara de Setúbal, que começou por presidir em Setembro de 2006 com a saída de Carlos de Sousa do cargo (e mais tarde também da militância do PCP). Depois, a ex-comunista venceu em Setúbal, pela CDU, as autárquicas de 2009, 2013 e 2017, sempre com maioria absoluta.

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