19 Maio 2024, Domingo

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Distrito de Setúbal cresce 1,7 mil milhões de euros nas exportações

Distrito de Setúbal cresce 1,7 mil milhões de euros nas exportações

Distrito de Setúbal cresce 1,7 mil milhões de euros nas exportações

Ranking 500 Maiores Exportadoras do Distrito. Autoeuropa e Navigator são motor económico da região e do País. No distrito, contribuem com mais de metade do valor global das exportações

 

Mais de 7,6 mil milhões de euros foi o valor total registado pelas empresas do Distrito de Setúbal nas exportações em 2021, o que representa um crescimento de cerca de 1,7 mil milhões face ao ano anterior. A Volkswagen Autoeuropa e a Navigator Company são, desde há anos, as maiores exportadoras da região e duas das três maiores do País (a outra é a Petrogal) em termos de transacções para o mercado externo – juntas apresentam mais de metade do montante global da facturação do distrito (4,3 mil milhões de euros).

Os valores estão vertidos no mais recente ranking das 500 maiores exportadoras do distrito – elaborado pela consultora Iberinform Portugal, com base na informação empresarial simplificada de 2021 declarada pelas empresas –, que O SETUBALENSE publica na íntegra nesta edição.

De acordo com os dados – excepções feitas à Lisnave, que registou uma quebra de 4,3% no volume de vendas para o estrangeiro, e à PSA Sines, sem referência neste indicador em relação a 2020 –, todas as empresas do distrito que figuram no top 10 da listagem cresceram no valor das exportações.

Na liderança da tabela encontra-se a Autoeuropa, que cresceu 5,96% no volume de exportações e arrecadou 2,98 mil milhões de euros, o equivalente a um aumento de 17,12% da facturação em comparação com 2020. A receita corresponde a 95,83% da produção da fábrica de automóveis de Palmela, cujo volume global de negócios ascendeu a 3,1 mil milhões de euros.

Apesar de ter registado uma quebra de 5,1% na taxa de exportações, que se ficou pelos 55,73% da produção, a Navigator Company conseguiu crescer no valor das transacções para o mercado externo ao facturar 1,3 mil milhões de euros (mais 14,98% do que no ano anterior). O volume total de negócios da empresa sediada na Mitrena, Setúbal, que se dedica ao fabrico de papel e outros bens intermédios, cifrou-se nos 2,3 mil milhões.

A Autoeuropa e a Navigator são, de resto, as duas únicas empresas no distrito e das poucas no País que facturam acima da casa dos mil milhões de euros.

A Repsol Polímeros, que fecha o pódio distrital, foi quem no top 10 mais cresceu em termos de vendas para o exterior. Dedicada ao fabrico de matérias plásticas sob formas primárias, a empresa de Sines encaixou 790,2 milhões de euros (mais 81,56% do que em 2020) com 97,71% da produção exportada (mais 0,42% de exportações). O volume total de negócios atingiu os 808,7 milhões.

SGL tem maior taxa de exportação

Com 444,2 milhões facturados (mais 69,18% do que em 2020) correspondentes a 97,43% da produção exportada, a Indorama Ventures Portugal, sediada em Sines, surge destacada na 4.ª posição do ranking. A empresa ligada ao fabrico de produtos químicos orgânicos de base aumentou em 0,89% a taxa de exportações e teve um volume global de negócios na ordem dos 455,9 milhões de euros.

Daqui para baixo nenhuma outra empresa chega à casa dos 100 milhões nas exportações, mas há quem fique à porta, como a SGL Composites que arrecadou 98,8 milhões de euros (mais 34,64% face ao ano anterior) ao transaccionar 98,36% da produção para o mercado externo (maior taxa de exportações no top 10 – cresceu 0,21%). A empresa, que produz fibras sintéticas ou artificiais no Parque Industrial do Lavradio, Barreiro, contabilizou um volume total de negócios superior a 100 milhões de euros (mais 34,36%) e foi a única que, entre as 10 primeiras, teve resultados líquidos negativos (22,1 milhões de euros).

A Ascenza Agro, produtora de pesticidas localizada em Setúbal, vem logo a seguir na 6.ª posição. Facturou 98,6 milhões de euros (mais 4,51% do que em 2020) com 69,78% da produção exportada (cresceu 0,37%). O volume global de negócios atingiu os 141,4 milhões.

No 7.º lugar está a PSA Sines Terminais que realizou 95,8 milhões de euros em vendas para o mercado estrangeiro. A taxa de exportações foi de 96,2%. (Os dados destes dois indicadores referentes a 2020 não constam na tabela). O volume total de negócios da PSA Sines cifrou-se nos 99,8 milhões.

Com 93,5 milhões de euros (um crescimento de 40,01%) para apenas 27,96% da produção exportada, a Lusosider Aços Planos apresenta-se no 8.º lugar do ranking. E logo atrás vem a Lusosider Projectos Siderúrgicos com 89 milhões (mais 54,66% face ao ano anterior) correspondentes a uma taxa de exportações de 75,52%. A soma dos valores de ambas as empresas totaliza 182,5 milhões de euros, o que constitui o quinto maior valor registado em transacções para o mercado internacional. Quer uma quer outra registaram um decréscimo na taxa de exportações – a Aços Planos diminuiu 3,08% e a Projectos Siderúrgicos 3,87%. O volume global de negócios da primeira atingiu os 334,6 milhões de euros e o da segunda ficou-se pelos 117,9 milhões.

A Lisnave Estaleiros Navais, instalada na Mitrena, Setúbal, fecha o top 10 das 500 maiores exportadoras do distrito. Contabilizou 84,9 milhões de euros e foi única empresa entre as 10 primeiras que registou uma diminuição no valor das exportações (menos 4,30% em relação a 2020). A taxa de exportações também baixou (6,69 pontos percentuais), mas no volume total de negócios a Lisnave cresceu 3,1%, ao alcançar 97,1 milhões de euros.

Palmela Sociedade Vinícola fecha ranking

A Sociedade Vinícola de Palmela encerra o ranking das 500 maiores exportadoras do distrito. A produtora de vinhos realizou 269 mil e 665 euros em exportações, valor que representa um decréscimo de 19,62% neste indicador, já que em 2020 a empresa tinha registado 335 mil e 498 euros. A produtora vitivinícola exportou 16,87% da sua produção, o que compara com os 21,54 pontos percentuais alcançados no ano anterior (menos 4,67%). Já o volume global de negócios da Sociedade Vinícola de Palmela ficou perto dos 1,6 milhões de euros (um crescimento de 2,66% face a 2020).

Iberinform Quase sete anos em Portugal

A Iberinform Portugal nasceu em território luso em Setembro de 2016, na sequência da aquisição de 80% do capital da Ignios pela Iberinform Internacional. Com escritórios em Lisboa e Porto, a empresa é a filial da Crédito y Caución que oferece soluções de gestão de clientes para as áreas financeiras, de marketing e internacional. Fornece bases de dados para a identificação de novos clientes e ferramentas que facilitam a gestão de riscos, a análise e acompanhamento de clientes ou sectores.

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