Dezenas de militantes estiveram junto à baía do Seixal para celebrarem centenário do PCP

Dezenas de militantes estiveram junto à baía do Seixal para celebrarem centenário do PCP

Dezenas de militantes estiveram junto à baía do Seixal para celebrarem centenário do PCP

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Discursos relembram um partido histórico que vinca ideias sempre actuais em defesa da liberdade

 

O Partido Comunista Português assinalou no passado sábado, 6 de Março, o seu centenário e, em vez do grande comício que chegou a estar previsto para o Campo Pequeno, em Lisboa, decidiu realizar 100 acções em todo o País, entre elas no Seixal. Uma decisão tendo em conta o actual período pandémico.

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Junto à baía do Seixal, e na marginal fronteira à sede do PCP, estiveram dezenas de militantes e simpatizantes do mais antigo partido português no activo, muitos deles empunhando bandeiras vermelhos com a foice e o martelo estampados, símbolo da aliança entre operários e camponeses. E o mesmo aconteceu em Corroios e Amora.

Depois da leitura de um poema de João Pedro Grabato Dias, pela actriz Maria João Luís, do Teatro da Terra, Eduardo Vieira, membro do Comité Central do PCP, vincou a “determinação” do partido em “continuar a servir os trabalhadores, o povo e o País”.

Sobre o partido com 100 anos, “muitos se interrogam sobre quais as razões que nos permitiram atravessar e enfrentar as grandes viragens e tempestades na situação nacional e internacional com que nos confrontamos desde a fundação do PCP até aos dias de hoje, nomeadamente a feroz ditadura fascista de quase cinco décadas, quando outros ficaram pelo caminho?”.

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Natureza de classe explica

Questões que têm respostas “na natureza de classe e características deste partido, que se organizou e desenvolveu como um verdadeiro partido da classe operária e de todos os trabalhadores, defendendo sempre os interesses vitais da classe operária, dos trabalhadores e das massas populares e que agiu quotidianamente contra a exploração, as injustiças e as desigualdades”.

O membro do Comité Central elevou ainda o “empenho de sucessivas gerações de mulheres, homens e jovens de grande coragem e dedicação à causa da emancipação dos trabalhadores e do povo, onde sobressai Álvaro Cunhal”.

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A luta da juventude

Depois de Eduardo Vieira vincar que “valeu apena olhar para o futuro com confiança, determinação e esperança, porque perseguimos o ideal mais nobre da emancipação e libertação da exploração do homem pelo homem”, e afirmar o PCP como “partido da juventude”, Simão Calixto, da Comissão Nacional da Juventude Comunista Portuguesa, reforçou que o partido esteve “sempre, ligado às aspirações juvenis e estudantis”.

Calixto lembrou ainda que “gerações e gerações de jovens comunistas pagaram com a perseguição e repressão fascistas”, mas “nunca, nunca, viraram a cara à luta e assim se tornaram força para abrir o caminho de Abril”. E a concluir referiu: o PCP é o partido dos homens que nunca foram meninos e dos seus filhos, é o partido dos jovens de hoje que não se vergam, dos que, com uma imensa alegria, lutam todos os dias”.

Sede vandalizada  

Na noite de sexta para sábado, as paredes da sede do PCP, no Seixal, foram pichadas. Os signos e os rabiscos são os mesmos que têm aparecido em superfícies verticais de outros pontos do concelho. Vandalizado foi também o painel que os comunistas pintaram junto ao Centro de Saúde do Seixal.

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