26 Junho 2024, Quarta-feira

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Contas municipais de Alcácer do Sal com saldo recorde de 14 milhões em 2021

Contas municipais de Alcácer do Sal com saldo recorde de 14 milhões em 2021

Contas municipais de Alcácer do Sal com saldo recorde de 14 milhões em 2021

Receita atingiu os 37,6 milhões com valores extra como o da venda de terreno na Carregueira

 

A Câmara Municipal de Alcácer do Sal fechou o exercício de 2021 com um volume invulgar de receita, de 37,6 milhões de euros, e um saldo positivo de 14 milhões de euros. As contas, classificadas como extraordinárias pelo executivo CDU, foram aprovadas pelos votos da maioria comunista e a abstenção do PS.

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“Nos próximos anos estes números não vão repetir-se”, reconheceu o presidente do município, explicando que o volume recorde ficou a dever-se a receitas extraordinárias, com destaque para a venda de um terreno municipal nos Brejos da Carregueira que rendeu sete milhões de euros aos cofres municipais. O Imposto Municipal sobre Transações (IMT) deu também um forte contributo para o crescimento da receita, tendo aumentado 88%.

Um contributo interpretado de forma diferente por executivo e oposição. Vítor Proença considerou que o forte incremento do IMT mostra a dinâmica na transacção de propriedades, que se vive no concelho. O PS, pela voz de Gabriel Geraldes, apontou a especulação imobiliária como explicação para o crescimento do IMT.

A receita do município de Alcácer, que em 2021 foi de 37,6 milhões, tinha sido de 24,9 milhões em 2020, de 21 milhões em 2019 e de 19,1 milhões em 2018.

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Vítor Proença destacou que o recorde de receita foi alcançado no final do mandato, em ano de eleições, e defendeu que um saldo de 14 milhões é um sinal de gestão positiva e evidenciou que o prazo médio de pagamento a fornecedores baixou para 18 dias e que o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que se mantém na taxa mínima, continua a ser o mais baixo de todo o distrito.

Ana Luísa Soares (CDU) acrescentou que as contas de 2021, sendo já o final do segundo mandato, contrariam o que o “PS dizia, que o presidente Vítor Proença ia colocar Alcácer do Sal na bancarrota”.

O PS defendeu que um saldo de gerência de 14 milhões é sinónimo de pouca eficácia e eficiência na gestão, com Gabriel Geraldo a afirmar que esse era até o pensamento do presidente Vítor Proença, expresso há alguns anos numa assembleia municipal.

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Manuel Vítor Jesus respondeu que, perante a oposição, o executivo é preso “por ter cão e por não ter cão”. “Se gastamos muito é porque gastamos muito, se não gastamos muito é porque não gastamos”, atirou o comunista, argumentando ainda com a lista de obras que a Câmara Municipal concluiu em 2021.

A este argumento, Gabriel Geraldo apontou que a execução das despesas, no ano passado, foi de “pouco mais de 50%”, para concluir que isso demonstra que “cerca de metade” das promessas feitas ficaram por cumprir.

Ana Luísa Soares (CDU) recordou que o mandato é de quatro anos e que o balanço só se faz no final.

As contas municipais de 2021 vão agora ser submetidas à Assembleia Municipal, na reunião agendada para o próximo dia 22.

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