Comissões de Trabalhadores do parque industrial preocupadas com pré-acordo na Autoeuropa

Comissões de Trabalhadores do parque industrial preocupadas com pré-acordo na Autoeuropa

Comissões de Trabalhadores do parque industrial preocupadas com pré-acordo na Autoeuropa

Coordenadora diz que aprovação do pré-acordo na VANPRO resultou de “um trabalho de persistência para encontrar uma saída, com diálogo social”

 

A coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa está preocupada com a votação do pré-acordo na fábrica da Volkswagen, em Palmela, mas congratulou-se com o acordo laboral alcançado na empresa VANPRO.

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Segundo comunicado da coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa, a aprovação do pré-acordo na VANPRO, apenas por dois votos num universo de cerca de 400 trabalhadores, resultou de “um trabalho de persistência da Comissão de Trabalhadores para encontrar uma saída, com diálogo social”.

Fonte da estrutura representativa das Comissões de Trabalhadores disse à agência Lusa que os colaboradores da VANPRO já tinham rejeitado um primeiro pré-acordo, salientando, no entanto, que, através do diálogo social, “foi possível alcançar um novo pré-acordo, que foi ontem aprovado, sem influências externas”, pelos trabalhadores daquela empresa de produção de bancos de automóveis, instalada no Parque Industrial da Autoeuropa, em Palmela.

A mesma fonte lamentou que, no interregno entre o primeiro pré-acordo rejeitado e o segundo pré-acordo que foi ontem aprovado, o SITESul, Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul, tivesse convocado uma greve, que, disse, “poderia ter colocado em causa o processo negocial”.

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A poucas horas de se iniciar a votação de pré-acordo laboral na Autoeuropa, principal empresa do Parque Industrial com o mesmo nome, a coordenadora das Comissões de Trabalhadores lembra que o futuro do Parque Industrial depende fundamentalmente da Volkswagen Autoeuropa e adverte que se vivem “dias difíceis na indústria automóvel”.

“Foram os despedimentos em tempo de pandemia, a perda de rendimentos de centenas de trabalhadores. Além disso, são também dias de paragem pela incerteza de existirem componentes electrónicos suficientes para todos, como os microprocessadores. Continuamos sempre em alerta para saber se temos de parar mais dia menos dia”, diz o comunicado da Coordenadora das Comissões de Trabalhadores.

“Vivemos uma revolução na indústria automóvel nos modelos que se produzem seja pela electrificação, hidrogénio ou híbridos ou o que seja como alternativa à combustão”, acrescenta o documento.

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A coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa recorda também que ainda não há informação sobre um eventual novo modelo para produzir na fábrica de automóveis da Volkswagen, mas já se sabe que a produção do modelo MPV (Multi-purpose Vehicle) termina em 2022 e que a produção do actual T-ROC não deverá ir além dos próximos três anos.

“Urge, portanto, sabermos com o que podemos contar para o nosso futuro e tratar este assunto com os representantes dos trabalhadores”, acrescenta o comunicado, reconhecendo que “o futuro da Autoeuropa será o futuro de todas as empresas”.

GR / Lusa

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