Francisco Morais afirma que vai ter na mira a resolução dos problemas centrais do concelho
O candidato do Bloco de Esquerda à presidência da Câmara do Seixal, Francisco Morais, foi apresentado no sábado e não perdeu tempo para criticar a gestão comunista no município, desde a coesão social à estratégia de habitação. Por sua vez, o candidato à Assembleia Municipal, Mário André Macedo, apontou que a resposta à emergência social tem de estar no centro das políticas do município.
Na presença da coordenadora do BE, Catarina Martins, de Joana Mortágua deputada e candidata a Almada, e dos cabeças-de-lista às freguesias do concelho do Seixal, Francisco Morais começou por acusar os executivos da CDU por serem “complacentes” perante os processos de “gentrificação” no concelho e, ao mesmo tempo, garantiu que o BE se propõe a responder a “problemas centrais” do município como a “crise social, emergência climática, transportes, saúde e habitação”.
No caso da crise dos transportes e habitação, o candidato bloquista, de 49 anos e arquitecto de profissão, apontou que a população do concelho, sujeita aos movimentos pendulares com Lisboa, é obrigada a ficar “encurralada no transporte individual, em vias de acesso rodoviárias entupidas e com fraca oferta de transporte colectivo, pelo que exige investimento e melhor estratégia neste sector. Quanto à habitação, é “quase sempre adquirida a preços especulativos com recurso ao crédito bancário” devido à ausência de oferta pública, e preços acessíveis, indica o blog Esquerda.Net, citando o candidato.
Depois de criticar a “complacência dos executivos CDU” perante a “gentrificação das zonas existentes mais emblemáticas do concelho”, caso dos núcleos urbanos antigos, as frentes ribeirinhas e as zonas naturais de Amora e Seixal, onde tem crescido “a habitação de luxo e o condomínio privado”, apontou o reverso da medalha em que a população dos bairros da Jamaica e de Santa Marta foi “defraudada nos processos de realojamento”.
Perante estes tempos de emergência social, Francisco Morais considera que os mesmos obrigam a soluções concretas. Nomeadamente, garantir serviços locais de apoios social, pela automatização de tarifas sociais de bens fundamentais, isto mesmo “por mais oferta pública e gratuita e acesso universal de serviços de apoio às famílias erradicando a pobreza”.
Às freguesias o BE apresenta como cabeças-de-lista Marta Costa, à Assembleia de Freguesia de Amora, Guilherme Canelas a Corroios, Vanessa Sousa a Fernão Ferro e Haldane Amaro à Assembleia da União de Freguesias de Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires.