Joaquim Santos, presidente da Câmara, quer reunir-se com administração da Caixa Geral de Depósitos e com o Governo. O autarca deixa a promessa: “Tudo faremos para que a população de Fernão Ferro continue a usufruir do serviço do único banco público de Portugal”
A Câmara do Seixal pediu reuniões urgentes com a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e decidiu lançar uma petição para tentar travar o encerramento do balcão do banco público em Fernão Ferro. Nesta última terça-feira, populares daquela freguesia e autarcas do concelho concentraram-se em frente ao balcão da CGD, manifestando a rejeição do seu encerramento, previsto acontecer no próximo dia 30.
“Estamos muito preocupados com o encerramento de tantos serviços públicos essenciais e tudo iremos fazer para que estas portas não fechem, estes trabalhadores mantenham os seus empregos e a população de Fernão Ferro continue a usufruir do serviço do único banco público de Portugal”, revelou o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, em nota de Imprensa
“Por isso, solicitámos reuniões urgentes com a administração da CGD e com o Governo, e vamos lançar uma petição a entregar às duas entidades, para que se reverta esta situação”, adiantou o autarca da CDU, que também reclama a intervenção do Governo na defesa do que diz ser um serviço público fundamental para a população da freguesia de Fernão Ferro, com cerca de 20 mil habitantes.
De acordo com a Câmara Municipal, a CGD, no âmbito do plano de reestruturação da rede, que prevê o encerramento de 70 balcões em todo o País até final deste ano, pretende transferir todas as contas da dependência bancária de Fernão Ferro para a Quinta do Conde, a sete quilómetros de distância. A autarquia alega que a dependência bancária da Quinta do Conde não só fica longe, como também levanta alguns problemas de acessibilidade, quer para a população idosa, quer para todos os munícipes que utilizam os transportes públicos.
Recorde-se que, paralelamente, o presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro, Carlos Silvestre dos Reis, fez saber que já pediu uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com o intuito de pedir ajuda para travar o processo de encerramento em curso. Em missiva enviada ao gabinete do Chefe de Estado, Carlos Silvestre dos Reis justifica que o balcão da CGD encontra-se aberto há oito anos, serve uma população de 20 mil habitantes, maioritariamente idosos, que depositam “total confiança” no serviço prestado pelo banco do Estado.
DIÁRIO DA REGIÃO com Lusa