O executivo não aceita que a população do Seixal continue prejudicada por falta de cuidados de saúde, e revolta-se mais ainda quando o caso são crianças. Exige que o Governo invista na saúde
O encerramento da urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta, em Almada, no passado fim-de-semana, veio reforçar os argumentos da Câmara do Seixal sobre a reivindicação do Governo “investir em novos equipamentos de saúde, nomeadamente na construção do novo hospital no Seixal”.
Em comunicado, o executivo alerta o Governo para que “não persista no erro de encarar o Serviço Nacional de Saúde e a saúde dos portugueses como uma despesa, mas sim como um investimento fundamental na qualidade de vida das populações”.
Nesta linha a gestão comunista da autarquia “reitera a sua preocupação com a degradação dos cuidados de saúde prestados às populações e volta a insistir para que se encontrem soluções urgentes para a falta de profissionais no Serviço Nacional de Saúde”.
No caso concreto dos cuidados de saúde para as crianças, o mesmo documento afirma que estas “se vêem cada vez mais privadas do acesso a cuidados de saúde condignos”, e aqui está também a população do Seixal que está na área de abrangência do Hospital de Almada.
Aliás, esta questão já tinha sido transmitida pelo presidente da Câmara Municipal do Seixal no passado dia 25 de Junho, em reunião com a secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte, em que foram “abordados os constrangimentos existentes na urgência pediátrica no Hospital Garcia de Orta e nos serviços de urgência de obstetrícia nos hospitais da Grande Lisboa durante o período de Verão.
Acrescenta o comunicado que na reunião, o autarca lembrou que esta unidade “é uma referência no âmbito da pediatria, pelo que tanto da parte da Câmara Municipal como dos utentes não queremos perder este serviço, pelo contrário, queremos que seja reforçado”. Na altura, a secretária de Estado transmitiu à autarquia que “estariam a ser tomadas medidas para ultrapassar os constrangimentos existentes rapidamente”.
Infelizmente, “passados poucos meses desde essa reunião, a situação na Pediatria no HGO não só não se resolveu, como ainda se agravou”, avalia a autarquia.