Arquitecto paisagista foi o autor daquele espaço verde da vila
A Assembleia Municipal da Moita aprovou, por unanimidade, na sessão realizada na última quinta-feira, um voto de pesar pelo falecimento, no passado dia 11 de Novembro, do arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, aos 98 anos, responsável por ter delineado, em 1973, o projecto para a criação do parque urbano da Moita.
O documento, apresentado pelos deputados do Grupo Municipal Merecemos Mais, propôs ainda a apresentação de uma sugestão à Comissão de Toponímia daquele órgão, para o estudo da possibilidade do nome de Gonçalo Ribeiro Telles vir a ser atribuído a este espaço verde do concelho, que dispõe de uma área de cerca de 4,5 hectares e que foi considerado “o primeiro parque urbano do país, num marco histórico que denota uma visão do espaço, baseada na harmonia, equilíbrio e protecção da natureza, a par da promoção do conforto, recreio e do progresso cultural das populações”.
Uma área que, durante décadas, foi também escolhida por inúmeras pessoas “para a realização de fotografias de momentos marcantes das suas vidas” e que representa “uma das obras maiores do arquitecto”, pode ler-se no voto de pesar.
O documento refere que, ao longo da sua vida, o ex-Ministro de Estado e da Qualidade de Vida “revelou sempre uma visão política coerente, centrada na harmonia com a natureza e na defesa da dignidade da pessoa humana”, tendo contribuído para a valorização das questões ambientais. É ainda realçada a sua intervenção política e social, com “especial destaque para a sua obra”, de que é exemplo os jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, que lhe valeram o Prémio Valmor no ano de 1975.