António Costa apadrinha megacentro de dados para Sines que vai custar 3,5 mil milhões de euros

António Costa apadrinha megacentro de dados para Sines que vai custar 3,5 mil milhões de euros

António Costa apadrinha megacentro de dados para Sines que vai custar 3,5 mil milhões de euros

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Construção está prevista iniciar-se em 2022, envolvendo 900 pessoas numa primeira fase e até 2.700 no total. A inauguração é apontada para o final de 2023

 

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje que o projecto para instalar um megacentro de dados global em Sines é “o exemplo de excelência” de que a transição digital e energética devem andar aliadas.

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Este é “um exemplo de excelência de que a transição digital e [a transição] energética são mesmo uma transição gémea e têm de andar mão na mão, uma com a outra”, afirmou António Costa.

O chefe do Governo discursava na cerimónia de apresentação do projecto de um megacentro de dados global a instalar em Sines pela empresa de capitais anglo-americanos “start campus”.

Para António Costa, estas transições “não são uma ameaça ao desenvolvimento económico, nem à criação de emprego”.

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“São pelo contrário uma oportunidade extraordinária para um desenvolvimento económico mais sustentável e para a criação de emprego de melhor qualidade e emprego mais qualificado”, realçou.

O denominado Sines 4.0 prevê um investimento de “até 3.500 milhões de euros” num ‘campus Hyperscale Data Centre’, com capacidade até 450 Megawatts (MW), que “criará até 1.200 postos de trabalho directos altamente qualificados e pode vir a gerar 8.000 novos empregos indirectos até 2025”, segundo a empresa promotora.

“Independentemente da sua dimensão e de vir a comprovar ser o maior investimento directo estrangeiro que se faz nas últimas duas décadas em Portugal é seguramente desde já um investimento absolutamente simbólico”, destacou. “Este investimento demonstra tudo aquilo que são as nossas bases da estratégia do desenvolvimento”, assente em três factores, acrescentou.

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“Uma localização que assegura uma conectividade global, capacidade única para sermos um grande centro de produção de energia renovável e a baixo custo e por podermos estar na linha da frente da transição para a sociedade digital”, elencou.

Tal como Sines foi “o ponto de partida” do navegador Vasco da Gama, natural da terra, o chefe do Governo, vincou que esta cidade alentejana é também “o local de excelência para a instalação dos novos cabos de interconexão digital entre a Europa e outros destinos”.

Além da instalação “do primeiro cabo de fibra óptica”, projecto da EllaLink, que liga a Europa e a América Latina, Sines foi também o local escolhido para “ponto de amarração de outros dois cabos: o Equiano que liga à África do Sul e o 2Africa que liga ao conjunto de África”.

“Temos capacidade e condições naturais únicas para a amarração segura de novos cabos [submarinos]” e “capacidade e área disponível para que novos cabos venham amarrar-se a Sines e estabelecer daqui a sua interconexão para o mundo”, reforçou.

“Tal como o Porto de Sines trouxe a indústria associada ao transporte de bens e mercadorias, necessariamente que os cabos de ligação de fibra óptica fazem de Sines um ponto de localização privilegiada para toda a indústria assente no digital”, sublinhou.

O investimento da start campus – empresa detida pelos norte-americanos da Davidson Kempner) e pelos britânicos da Pioneer Point Partners – foi apresentado hoje na cidade do litoral alentejano, numa cerimónia em que, além do primeiro-ministro, participaram ainda o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e diversos secretários de Estado.

Com início de construção previsto para 2022, envolvendo 900 pessoas numa primeira fase e até 2.700 no total, o Sines 4.0 deverá inaugurar, no final de 2023, o primeiro dos cinco edifícios projetados. HYN/RRL (PD)//JPS – Lusa

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