Em caso de sismo poucos lugares são seguros, tudo pode depender do comportamento de cada um perante o momento em que a Terra Treme
Amanhã em todo o distrito, e também no país, entre as 11h15 e as 11h16, quem estiver em empresas públicas e privadas, escolas e outras instituições, é desafiado a três gestos de autoproteção: Baixar – Proteger – Aguardar. É a 7.ª edição do exercício A Terra Treme.
O exercício compreende a prática de gestos simples que podem fazer a diferença no caso da ocorrência de sismo. A acção desenrola-se ao longo de 1 minuto, durante o qual os participantes, de forma individual ou colectiva executam este exercício.
“Em anos transactos, algumas escolas e empresas levam este exercício completo incluindo evacuação dos espaços”, diz Paula Almeida, técnica do Comando Distrital de Operações de Socorro de Setúbal.
Diz a responsável da Protecção Civil Nacional que algumas autarquias escolhem uma escola para acompanhar nos exercícios. É o caso do Barreiro onde a Câmara pretende acompanhar algumas escolas neste exercício, e do Montijo que escolheu a Escola Básica Ary dos Santos como palco do exercício. No Seixal este simulacro, que coincide com o World Tsunami Awareness Day e está enquadrado nos objectivos e prioridades estabelecidas pelo Quadro de Sendai 2015-2030, que fomenta a resiliência da sociedade às catástrofes, é apontado à Freguesia de Amora.
Entretanto, a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil apela a cidadãos e instituições a inscreverem-se em www.aterratreme.pt como forma de apoio e expressão pública do seu envolvimento no Exercício A TERRA TREME.
Em Sines o simulacro vai ter uma dimensão bem maior, em paralelo com este exercício, no âmbito do Grupo de Trabalho “Prevenção e Segurança” do COMSINES – Conselho das Comunidades de Sines, vai desenrolar-se um cenário de rutura catastrófica de um tanque de azoto líquido nas instalações da AirLiquide, em consequência de um sismo.
O cenário prevê a fuga da totalidade do líquido armazenado no tanque, ficando retido na bacia de retenção. A vaporização instantânea do líquido irá gerar um forte “nevoeiro” na zona mais próxima.
O acidente simulado obrigará à interrupção do fornecimento de azoto à Repsol e à Indorama, sem previsão de quando será reposto. As duas empresas deverão desencadear procedimentos de segurança para evitar um acidente industrial em cadeia.
Este exercício misto de âmbito municipal / distrital (LIVEX e CPX) tem como objetivo a ativação dos planos de emergência internos das empresas envolvidas, do Plano de Emergência Externo e do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Sines.
Será avaliada a operacionalidade dos intervenientes no teatro de operações, bem como a coordenação das diversas acções. Ao mesmo tempo, será convocada a Comissão Municipal de Protecção Civil, cuja operacionalidade também será testada.