O autarca realça o “investimento sustentado numa das freguesias com maior densidade demográfica no concelho”
Álvaro Amaro fez um balanço positivo às visitas de trabalho realizadas, de 14 a 18 deste mês, ao Pinhal Novo no âmbito da Semana das Freguesias. O presidente da Câmara Municipal de Palmela chefiou uma comitiva que integrou técnicos municipais, além de todo o executivo.
“Ficámos satisfeitos com a reacção das pessoas no terreno”, disse o autarca no final da visita guiada de quarta-feira passada. Esta também é uma forma, realça, “de dar a perceber às pessoas a forma séria como fazemos um investimento sustentado numa das freguesias com maior densidade demográfica no concelho de Palmela”.
Uma semana, não tem dúvidas, que “revela a capacidade de concretização que o município tem para esta freguesia”. O autarca frisou a O SETUBALENSE a falta de tempo para mostrar mais projectos, em menos de um dia completo, mas, sugere, “podem ser consultados na página do município”.
O edil dá como exemplos mais significativos os projectos que não puderam ser abordados ao longo desta iniciativa: o lançamento da 2.ª fase do Jardim José Maria dos Santos, a Rua João de Deus, mais infra-estruturas no território periurbano, o sistema de esgotos na Rua da Uva Moscatel, a infra-estruturação de Olhos de Água e um novo parque infantil na Rua Maria Eduarda Ferreira.
No roteiro percorrido que incluiu a passagem por obras icónicas, reclamadas há décadas, como a Ribeira da Salgueirinha, Álvaro Amaro destacou a passagem pelo Monte do Francisquinho “onde está a ser instalada nova centralidade no lado sul, preparada para reforçar a resposta social na freguesia”.
Central fotovoltaica
Mas o presidente considerou o lançamento da 1.ª pedra da nova Central Fotovoltaica de Pessegueiro, Rio Frio, “como ponto alto do dia”. Trata-se de um investimento de 32 milhões de euros.
O projecto do fornecedor de energia suíço EKZ e o promotor de activos de energias renováveis Samartenergy apontam para a criação de 200 novos postos de trabalho durante a fase de construção.
A central terá cerca de 120 mil módulos solares, que serão ligados à rede até ao final de 2022. Com uma capacidade de produção anual de 126.367 MWh, a energia produzida por esta central solar fotovoltaica será suficiente para fornecer electricidade a mais de 26 mil lares, de acordo com as estatísticas de consumo doméstico médio do País.
Álvaro Amaro sublinhou o cuidado do executivo municipal na aprovação destes projectos. “O resgate de carbono conseguido com esta aposta no solar/fotovoltaico em locais criteriosamente estudados não coloca em causa os ecossistemas e também as outras vocações do território, nomeadamente na agricultura, nos produtos endógenos e outros usos do solo”.
No final do dia, o edil lembrou que um novo mandato está a começar com um rumo bem definido. “Estamos no início. Relançar e construir um futuro sustentável nesta freguesia é o objectivo. As pessoas reconhecem o trabalho, nós também reconhecemos alguns problemas, alguns atrasos com as empreitadas, mas prefiro o incómodo com obra e resultados do que chorarmos sobre ‘leite derramado’ e nunca mais termos as coisas concretizadas”, concluiu.
Ribeira da Salgueirinha Autarquia reconhece atrasos numa obra de “parar” o trânsito
A Regularização da Ribeira da Salgueirinha está a demorar mais do que o previsto e o transtorno é evidente, dado tratar-se de um troço com muito tráfego, a ligar Pinhal Novo e Setúbal.
“Atrasos no fornecimento de materiais e falta de pessoal, agravados pelo avanço da pandemia”, foram alguns dos imponderáveis que atrasaram os trabalhos, explicou a autarquia.
A Câmara de Palmela prevê que a EN 252 seja reaberta ao trânsito em Março. Na passagem hidráulica sob este troço da estrada já está concluída a betonagem das zonas de transição. Na próxima fase da obra serão executadas as camadas de sub-base, base e desgaste na faixa de rodagem.
O novo atravessamento na EN 252 tem como objectivo evitar a concentração de água e inundações, que ocorrem sempre em situações de grande pluviosidade, as quais tendem a agravar-se devido às alterações climáticas.
A empreitada, complexa, “mas de grande mais-valia ambiental”, abrange cerca de cinco quilómetros, 12 atravessamentos hidráulicos, com diversos métodos construtivos e depende de muitas entidades.