26 Junho 2024, Quarta-feira

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AFPDM admite apresentar queixa contra o vereador João Afonso

AFPDM admite apresentar queixa contra o vereador João Afonso

AFPDM admite apresentar queixa contra o vereador João Afonso

Informação foi avançada por Maria Clara Silva, vice-presidente da Câmara do Montijo e presidente da assembleia geral da associação

 

A vereadora socialista Maria Clara Silva, que preside à Assembleia Geral da Associação para Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo (AFPDM) – entidade gestora da Escola Profissional do Montijo (EPM) –, admite que a AFPDM venha a agir judicialmente contra João Afonso, vereador do PSD.

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Em causa está uma participação anónima feita ao Ministério Público a denunciar suspeitas de práticas ilegais e irregulares de gestão na AFPDM, que o social-democrata tornou públicas na reunião de câmara do passado dia 12 (conforme noticiado na edição de 14 de Julho de O SETUBALENSE).

“Estamos certos de que os factos serão devidamente esclarecidos junto das entidades competentes e o responsável por colocar o bom-nome dos dirigentes e da AFPDM na praça pública será responsabilizado pelos seus actos”, disse a socialista, ao terminar uma declaração política que apresentou na reunião do executivo municipal, nesta última quarta-feira.

Maria Clara Silva fez um historial sobre a EPM e a AFPDM, deu nota de duas reuniões efectuadas na sequência do caso polémico – uma, no passado dia 18, com a administração da AFPDM e trabalhadores; outra, uma assembleia geral, realizada na última terça-feira com os associados da instituição – e não poupou críticas a João Afonso, que se fez substituir na sessão de câmara desta quarta-feira pela social-democrata Mara Cacheirinha.

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“A denúncia anónima que o vereador João Afonso, de forma desabrida, trouxe à reunião de câmara [do passado dia 12] bem como os documentos e os programas que tem publicado no Facebook não pretendem descobrir nada. Pretendem, sim, difamar e injuriar, porque a verdade descobre-se com factos, com documentos, aos quais o vereador nunca solicitou acesso”, afirmou a vereadora e vice-presidente da autarquia, que informou ter recebido um documento dos trabalhadores da AFPDM a manifestar apoio e “reconhecimento pelo trabalho desenvolvido” pela actual administração, para ser entregue aos associados da instituição.

A socialista considerou que a postura de João Afonso “pode colocar a AFPDM numa situação difícil”, até porque “a calúnia e a difamação retiram a confiança, e a verdade demorará a ser esclarecida”.

“Esta forma de estar na política não nos surpreende, pois onde ele, por qualquer motivo, entra, destrói. No entanto, esta situação é mais grave. Mexe com o rendimento dos trabalhadores e com as famílias que têm filhos a estudar na EPM ou pensam vir a ter”, atirou, para reforçar de seguida: “É nos momentos difíceis, ou melhor, é a forma como agimos nesses momentos que permite avaliar a nossa capacidade para desempenhar esta ou aquela função e o vereador, pela forma como se posiciona nesses momentos, não demonstra capacidade sequer para ser vigilante.”

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Mara Cacheirinha não adiantou comentários à posição já tornada pública pelo PSD, mas questionou Nuno Canta, presidente da Câmara, sobre o agendamento de uma reunião entre os membros do executivo municipal e o conselho de administração da AFPDM.

“A reunião será sempre informal. Haveremos de ter essa reunião, isso não está planeado ainda, nem estará para breve”, respondeu o líder do executivo.

Ontem, a presidente do Conselho de Administração da AFPDM, Teresa Carvalho, emitiu um comunicado a dar conta de que todos os associados da instituição aprovaram, na assembleia geral extraordinária de terça-feira, um voto de confiança à administração para que esta continue a exercer funções. E expressaram “apoio incondicional quer ao anterior quer ao actual conselho de administração”, ao mesmo tempo que decidiram avançar com uma auditoria aos “processos objecto de denúncia anónima” (ver abiaxo comunicado na íntegra).

Comunicado

Na sequência das últimas notícias vindas a público acerca de uma denúncia anónima que retrata eventuais más práticas e ilegalidades de gestão referentes ao anterior e actual Conselho de Administração da Associação para Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo (AFPDM), cumpre-me, antes de mais, referir que a liberdade de expressão e a liberdade de informação não devem deixar de reconhecer que existem restrições para a tutela de bens pessoais, tais como o bom-nome, a honra e a dignidade, valores estes que também devem ser salvaguardados quanto às pessoas colectivas.

Ao longo de 30 anos a Associação tem pautado a sua conduta pelo rigoroso respeito por todos com os quais se relaciona, independentemente da sua natureza, formando pessoas, criando emprego e gerando riqueza, sempre ao serviço da comunidade.

Considero de enorme gravidade as acusações proferidas, lamento o mediatismo que a situação criou e que em nada dignifica o trabalho realizado e a realizar pela AFPDM, pondo em causa todo o esforço e dedicação dos seus colaboradores, os quais se encontram fortemente abalados.

Tal como é do conhecimento geral, realizou-se no passado dia 25 de Julho uma Assembleia Geral Extraordinária da AFPDM, onde todos os associados presentes mostraram total indignação pelo sucedido, expressando apoio incondicional quer ao anterior quer ao actual Conselho de Administração, tendo votado, por unanimidade, atribuir um voto de confiança ao Conselho de Administração para este continuar a exercer as suas funções. Foi ainda deliberado pelos associados que era urgente clarificar a situação, auditando os processos objecto de denúncia anónima e, paralelamente, desenvolver um processo imediato de averiguação interna que possa clarificar os motivos que estão na origem desta denúncia, por forma a que a normalidade regresse ao funcionamento da AFPDM.

Assim, no rigoroso cumprimento das suas funções e atribuições, o actual Conselho de Administração continuará a defender os direitos e interesses da AFPDM, bem como de todos os seus colaboradores.

Estando o actual Conselho de Administração e o anterior presidente, professor João Martins, inteiramente disponíveis para, em sede própria, prestar todos os esclarecimentos que venham a revelar-se necessários. Até lá, continuaremos a realizar o nosso trabalho em prol da consolidação da AFPDM, pedindo apenas respeito e confiança.

A Presidente do Conselho de Administração

Teresa Isabel Carvalho

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