23 Julho 2024, Terça-feira

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Aeroporto: Moita e Seixal satisfeitos com “admissão” de que é preciso avaliação ambiental 

Aeroporto: Moita e Seixal satisfeitos com “admissão” de que é preciso avaliação ambiental 

Aeroporto: Moita e Seixal satisfeitos com “admissão” de que é preciso avaliação ambiental 

Os autarcas da Moita e Seixal mostraram-se hoje satisfeitos com a “admissão” do Governo de que é necessária uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) sobre o novo aeroporto do Montijo, no distrito de Setúbal.

“Saúdo esta admissão do Governo da importância de uma AAE e também o reconhecimento de que há tempo, que é possível reconsiderar a opção que tem vindo a ser defendida pelo Governo”, a construção da infraestrutura na Base Aérea n.º 6, no Montijo, disse à Lusa o presidente da Câmara da Moita, Rui Garcia (PCP).

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No entanto, o autarca lembrou que este tipo de estudo, que compara várias localizações, “já foi feito de forma aprofundada e exaustiva há cerca de dez anos”, tendo levado à conclusão de que “a alternativa mais adequada do ponto de vista ambiental e das oportunidades que proporciona em termos do desenvolvimento é o Campo de Tiro de Alcochete”, também localizado no distrito de Setúbal.

Na quarta-feira, numa audição parlamentar, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, referiu que a crise causada pela pandemia veio dar ao Governo tempo para ponderar sobre a possibilidade de uma AAE sobre a construção do novo aeroporto no Montijo.

Caso o estudo se concretize, Rui Garcia não acredita que o Montijo continue a ser considerado como a melhor opção, até porque “em qualquer que seja o critério comparativo que se utilize, numa comparação com outras soluções, como o Campo de Tiro de Alcochete, claramente o Montijo está em desvantagem”.

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De forma semelhante, o autarca do Seixal afirmou à Lusa que viu com “satisfação” o anúncio do ministro, até porque “o meio político, o meio técnico, ambientalistas e populações exigiam de facto que o Governo mandasse fazer algo que não foi feito para esta opção, a AAE”.

“Parece-nos que, com esta decisão, o Governo demonstra que quer abandonar o projeto e, quanto a nós, bem, porque, de facto, o interesse das populações, da região e a nível nacional faz com que a melhor opção seja efetivamente uma primeira fase no Campo de Tiro de Alcochete”, apontou.

Segundo o autarca, este estudo mais aprofundado é importante porque “vai comparar com outras soluções, nomeadamente com o Campo de Tiro de Alcochete, em vários domínios”, ao contrário do Estudo de Impacte Ambiental feito, que apenas avaliava as condições de uma só localização.

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“De acordo com os dados que nós dispomos, com o que percecionamos relativamente aos estudos que existem e aos impactos que se adivinham, é lógico que o Montijo não tem cabimento nenhum do ponto de vista do impacto na saúde das populações, ambiental e até da segurança aeronáutica. Não há razão para se continuar a insistir numa suposta solução que tem todos estes problemas, quando a 30 quilómetros ao lado há uma solução que custa menos dinheiro, tem menos impacto e mais capacidade de expansão”, defendeu.

A associação ambientalista Zero também considerou hoje “um bom sinal” a disponibilidade do ministro das Infraestruturas em admitir ponderar a realização de uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) sobre o novo aeroporto do Montijo.

Já o presidente executivo (CEO) da companhia portuguesa euroAtlantic airways, Eugénio Fernandes, apontou que adiar a construção do aeroporto do Montijo é um “erro estratégico” e mostra “descrédito” no setor do turismo.

Em 08 de janeiro de 2019, a ANA e o Estado assinaram o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa e transformar a base aérea do Montijo num novo aeroporto.

Lusa

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