19 Abril 2024, Sexta-feira
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Futuro da Autoeuropa garantido com produção de novo modelo

Volkswagen reforça investimento em Palmela. Empresa tem vindo a trabalhar com o município em projectos de alargamento das instalações. Construção de híbrido arranca já em 2025

 

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Mais do que contribuir para a sustentabilidade ambiental, com a descarbonização do processo produtivo e a adaptação para produção de veículos eléctricos, a aposta da Volkswagen na “requalificação” das instalações na Autoeuropa reflecte uma garantia de futuro para a fábrica de Palmela. E a atestá-lo está, por via disso, a conquista de um novo modelo, híbrido, para construir a partir de 2025, conforme avançado por Thomas Hegel Gunther, director-geral da Autoeuropa, em entrevista ao jornal Público.

O anúncio motivou, inclusive, o “aplauso” do primeiro-ministro António Costa. “Saúdo a Volkswagen por escolher a Autoeuropa para produzir um novo modelo híbrido. Uma decisão importante para a fábrica de Palmela e para os seus trabalhadores. Um contributo fundamental para atingirmos a neutralidade carbónica”, escreveu o chefe do Governo, na sua conta no Twitter.

O futuro próximo da segunda maior exportadora do País está, para já, assegurado. “Vamos investir o que for necessário e o que acharmos certo para continuarmos a fazer o que fazemos bem: produzir carros em Portugal”, disse Thomas Gunther que reconheceu a relevância da fábrica de Palmela, quando já se sabe que por volta de 2030 a Volkswagen terá de decidir onde investir para a construção de novos modelos. Espanha já ficou com eléctricos e uma fábrica de baterias; em Palmela a marca alemã tem vindo a articular com a Câmara Municipal a execução de projectos de crescimento da Autoeuropa.

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Para Álvaro Balseiro Amaro, presidente da autarquia, o anúncio da produção do novo veículo híbrido – que, segundo Thomas Gunther, será lançado no final de 2025 – é pertinente.
“Representa a confirmação da expectativa que tínhamos no seguimento do trabalho que temos vindo a desenvolver com a empresa para a construção de uma nova zona de pintura, especificamente preparada, para viaturas híbridas e também eléctricas”, disse o autarca a O SETUBALENSE. “Vem também contrariar alguns anúncios catastrofistas e derrotistas”, adiantou, numa clara alusão às palavras recentes do professor universitário e gestor Luís Todo Bom, que perspectivou a saída da Autoeuropa de Portugal “dentro de três ou quatro anos”.

Palavras a que Álvaro Amaro parece nunca ter dado crédito. Até porque o investimento da empresa nas instalações de Palmela, para garantir a pintura de veículos eléctricos, não teria sido desencadeado “se não houvesse a perspectiva de a Autoeuropa ganhar um novo modelo”, como acaba de ser anunciado. “Isto dá futuro a todo o cluster da indústria automóvel, garante a manutenção de postos de trabalho para a região e o contributo para o PIB do País”, salientou o edil, que realçou ainda a “estratégia muito inteligente da empresa, face ao contexto da concorrência com outras fábricas de automóveis espalhadas pela Europa”.

Actual T-Roc substituído

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O novo híbrido deverá chegar ao mercado já em 2026, anunciou também a administração dos trabalhadores no último fim-de-semana. Versão que vem ao encontro das declarações de Thomas Gunther ao jornal Público.

“O nosso plano para o futuro inclui um veículo novo, que terá o seu lançamento no final de 2025. Será um veículo que vamos produzir aqui, electrificado. Será um híbrido e acredito que terá grandes hipóteses de ser de grande sucesso”, afirmou o director-geral.

Gunther admitiu também que “o novo modelo irá substituir a produção do actual [T-Roc]”. “Vamos modificar coisas na fábrica, com investimento novo”. E o investimento no novo modelo, em termos globais, está estimado agora em 600 milhões de euros, englobando a modernização e a descarbonização do processo produtivo, mais cem milhões do que o montante anunciado há ano e meio.

O director-geral da Autoeuropa apontou ainda, na entrevista concedida ao Público, a relevância de contar com os recursos humanos já existentes na fábrica de Palmela para a construção do novo modelo. “É importante que consigamos manter as quatro equipas e as cinco mil pessoas que temos na nossa fábrica”, concluiu. Com Lusa

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