29 Março 2024, Sexta-feira
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Acidentado espera mais de uma hora por ambulância que veio de Queluz

Ambulâncias de fora do distrito chamadas a fazer socorro na região. Greve do INEM pode agravar problema

 

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Um motociclista que sofreu um acidente na passada sexta-feira teve de esperar mais de uma hora para ser transportado pelos Bombeiros Sapadores de Setúbal para uma unidade hospitalar, com a ambulância a ter de vir de Queluz.

A situação foi denunciada por Luís Simões, delegado sindical do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS), que explicou ainda que além deste caso, oito outros serviços tiveram de esperar por uma viatura de emergência médica.

Já Rui Lázaro, presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar (STEPH), questionado sobre se o caso está relacionado com a greve do INEM, que está a obrigar ambulâncias a virem de fora do Distrito de Setúbal fazer socorro na região, respondeu que não teve conhecimento do episódio, mas não se mostrou surpreendido com a situação.

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“[Constrangimentos] acontecem sempre, independentemente de haver ou não greve. [Setúbal] é uma zona que, dada a escassez de ambulâncias ou incapacidade do INEM em garantir resposta aos cidadãos, muitos serviços sofrem atrasos e muitas vezes ambulâncias da zona Norte de Lisboa são accionadas”, afirmou.

Segundo explicou Luís Simões, na sexta-feira os Bombeiros Sapadores de Setúbal foram chamados a socorrer um motociclista que precisou de ser transportado de ambulância para uma unidade hospitalar, depois de uma colisão com um carro. Os profissionais, referiu o delegado sindical, tiveram de aguardar e “ficaram retidos por mais de uma hora à espera de uma ambulância para completar o socorro e fazer o transporte para o hospital, ambulância essa que veio de Queluz”.

Sobre as restantes oito ocorrências, disse ter conhecimento de que “no dia anterior estiveram a fazer socorro em Setúbal ambulâncias vindas de Azambuja, Cascais e Estoril”.

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Contactado por O SETUBALENSE, fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal adiantou que a situação pode ter ocorrido por escassez de meios ou por as viaturas já estarem a circular na região de Setúbal, e assim, a responder às restantes ocorrências.

INEM em greve desde segunda-feira

Os técnicos de emergência pré-hospitalar iniciaram à meia-noite de segunda-feira uma greve às horas extraordinárias, situação que já tem vindo a causar transtornos em várias ocorrências no Distrito de Setúbal.

Rui Lázaro revelou que na passada segunda-feira o STEPH recebeu denúncias de que, em Setúbal, “os tempos de resposta já superavam os 40 minutos”. “A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Setúbal esteve numa ocorrência mais de 40 minutos à espera de uma ambulância para transportar uma vítima para o hospital”, disse.

O sindicalista explicou que a luta dos trabalhadores do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) vai continuar “por tempo indeterminado” e que “o horário normal [dos profissionais] continua a ser garantido”.

Referiu ainda que vão continuar a surgir transtornos no serviço prestado e que esta é a forma de estes se fazerem ouvir. “Uma vez que uma grande parte da actividade do INEM é assegurada por trabalho suplementar, obviamente que a greve causa transtornos, o que lamentamos, mas também é o nosso grito de revolta para que o Governo e o INEM possam tomar medidas”.

Sobre a adesão à greve em Setúbal, o presidente do sindicato mostrou-se preocupado com os transtornos que se fazem sentir no mês de Abril, situação que era esperada apenas nos meses de Verão, momento que se prevê que seja muito complicado.

“Normalmente este tipo de constrangimentos verificam-se mais entre os meses de Junho a Setembro. Estamos em Abril e já termos estes constrangimentos, faz-nos antever que vamos ter um Verão muito complicado ao nível da emergência médica”, rematou.

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