24 Abril 2024, Quarta-feira
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Alargamento do Hospital Garcia de Orta fora dos planos do Ministério da Saúde

Inês de Medeiros afirma que carreira dos médicos tem de ser olhada de modo diferente para que não saíam do SNS

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O alargamento do Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, para terreno adjacente, não está nos próximos planos do Governo. Segundo disse o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, a O SETUBALENSE, “a prioridade, neste momento, é a criação de novos espaços [no actual edifício], nomeadamente na área da Psiquiatria, que está em projecto, através de um programa a ser financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência”. E ainda a construção do hospital de proximidade no Seixal.

No entanto, o governante, durante a visita de ontem ao Hospital de Almada, no âmbito do programa “Governo mais próximo”, que vai reunir o Conselho de Ministros hoje, em Setúbal, teve oportunidade ver que serviços criados fora do edifício central inaugurado em Setembro de 199,1 revelam bons resultados.

A cerca de 800 metros do HGO, na antiga Rua Direita do Pragal, abriu há menos de um ano o Núcleo de Oftalmologia de Almada. Um serviço “extraordinário”, classificou Manuel Pizarro depois de, um percurso a pé, entrar nesta unidade e passar pelas sete salas de consultas, área de tratamento e cirurgia; e não escapou a ouvir o comentário quando perguntou a uma utente se estava a ser bem tratada: “Estou, até já vejo um ministro”, respondeu.

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Depois de percorrer vários serviços instalados no edifício central da unidade hospitalar de Almada, o ministro foi colocado a par de projectos que têm vindo a ser desenvolvidos, há alguns anos, e consolidados pela actual administração da unidade, como é o caso do Serviço de Hospitalização Domiciliária lançado por esta unidade em 2015 e que “tem sido replicado em todo o País”, apontou o governante revelando o número de “nove mil pessoas acompanhadas no domicílio”, e que ficaram assim “afastadas do risco de infecções hospitalares”.

Manuel Pizarro destacou ainda a operacionalização entre o HGO e os centros de saúde, mas não deixou de dizer que é preciso “reorganizar” para que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “tenha cada vez mais qualidade, segurança e previsibilidade”, e acrescentou: “Isto é o mais importante para os utentes e também para os profissionais de saúde”.

No final da visita Manuel Pizarro reconheceu que o SNS tem problemas, mas estes “estão a ser resolvidos”, revelou. E está convicto de que “as pessoas confiam no SNS, pelo muito esforço que os profissionais de saúde têm demonstrado”.

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Para a presidente da Câmara de Almada, Inês e Medeiros, a visita de Manuel Pizarro ao HGO foi “importante para conhecer e dar a conhecer alguns projectos de dinâmica local entre o ACES Almada / Seixal e o Hospital de Almada”, os quais são “muitíssimo importantes”, e que “devem servir de exemplo para políticas mais estruturadas a realizar” na área da Saúde.

Quanto à falta de médicos, questão que foi várias vezes focada durante a visita do ministro da Saúde a Almada, a autarca vincou que esta “não se suprime por decreto; é bem real”. E avança que é preciso olhar para a questão do ‘numerus clausus’ e “repensar a carreira dos médicos para que não saíam do SNS”.

Hospital do Seixal já com concurso à porta

Ainda o ministro da Saúde não tinha iniciado, às 9h00, a visita ao Hospital Garcia de Orta, e já o presidente da Câmara do Seixal, Paulo Silva, lhe relembrava a necessidade da construção do hospital no Seixal. E Manuel Pizarro foi directo ao dizer que esta unidade de proximidade terá “concurso a ser lançado ainda em 2023 ou, o mais tardar, no primeiro trimestre de 2024”, e não teve dúvidas em afirmar que este hospital é “fundamental” para diminuir a pressão no Hospital de Almada.

Segundo o governante, o impasse na construção do hospital no Seixal, que já leva duas décadas, atravessou uma questão jurídica, mas, “finalmente, há uma sentença do Supremo Tribunal Administrativo que nos permite contratar o projecto”, que “será entregue no segundo semestre deste ano”, revelou.

Para o presidente da Câmara Municipal do Seixal “é fundamental que este processo saia do papel”, considerando tratar-se de uma “necessidade urgente”. Ao mesmo tempo, destacou a necessidade de melhoria em outros equipamentos na área dos cuidados de saúde primários, nomeadamente uma nova unidade nos Foros de Amora, com uma candidatura já aprovada, assim como outras duas; em Paio Pires e na Rosinha, com candidaturas a serem trabalhadas.

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