25 Abril 2024, Quinta-feira
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“A Comunidade Portuária tem contribuído para o crescimento do Porto de Setúbal no pós- pandemia”

(foto: Mário Romão)

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Porfírio Gomes, presidente da Comunidade Portuária de Setúbal, afirma que mesmo em pandemia os stackholders do Porto de Setúbal realizaram grandes investimentos na modernização de infra-estruturas

Sendo uma associação sem fins lucrativos, a Comunidade Portuária de Setúbal (CPS) integra, por livre decisão, os stackholders do Porto de Setúbal, num espaço de debate, troca de ideias e informações relevantes sobre a infra-estrutura portuária sadina, assim como o seu hinterland com o objectivo “de em sintonia com a cidade e região que serve, contribuir para o seu crescimento e desenvolvimento”, afirma Porfírio Gomes, presidente da CPS.

Crescimento nos negócios e mais importância do porto tem sido o contributo desta organização, inclusivamente, isso é reconhecido pela Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra nos indicadores relativos ao comportamento portuário em 2021, onde afirma que foi relevante a acção da CPS neste crescimento. Porfírio Gomes reconhece esse contributo da comunidade.

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Em 2021 o Porto de Setúbal cresceu 4,7%, com um total superior a 6,5 milhões de toneladas movimentadas. Qual o contributo da CPS para este crescimento?

Os sócios da CPS, bem como outros stakholders do Porto de Setúbal, em tudo contribuíram para este crescimento.

Podemos considerar o crescimento verificado em 2021 como resultado do reanimar da economia devido à saída progressiva do processo recessivo resultante da crise pandémica, à qual, todas as entidades do porto de Setúbal directamente ligadas com o processo logístico tanto de importações como de exportações, deram uma resposta muitos positiva.

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Passados os anos mais pesados da pandemia, o Porto de Setúbal está, actualmente, mais musculado para ajudar a alavancar a economia regional e nacional?

O forte investimento feito pela APSS nas acessibilidades marítimas, cuja conclusão praticamente coincidiu com o início da pandemia, a qual provocou uma forte contracção nos mercados mundial e português, não permitiu aos stakeholders do Porto de Setúbal alavancarem os seus negócios por via desta nova facilidade.

No entanto, tal também não impediu que, contrariamente ao espectável em tempos de crise, com uma forte contracção dos mercados, os Concessionários de Terminais Portuários de serviço público do Porto de Setúbal, bem como detentores de licenças de serviço privativo, fizessem grandes investimentos na modernização de infra-estruturas portuárias e na aquisição de equipamentos de última geração, preparando-se para o período pós-pandemia. Podemos, sim, afirmar que o Porto de Setúbal está melhor preparado para os próximos desafios.

Quais os investimentos que considera mais relevantes realizados pelos Concessionários de Terminais?

Nestes últimos anos houve investimentos avultados realizados pelos Concessionários de Terminais de Serviço Público, bem como detentores de licenças de uso privativo, na reparação e modernização de infra-estruturas portuárias e na aquisição de equipamentos de movimentação de cargas de última geração, nomeadamente Gruas, Reachstakers e empilhadores.

Também a APSS está em fase de construção de uma nova infra-estrutura para relocalização das inspecções de mercadorias com o “scanner” recentemente adquirido.

Estes novos investimentos permitem ao Porto de Setúbal prestar um melhor e mais diversificado serviço aos seus clientes, não perdendo de vista a redução do “transit time” das mercadorias.

Além destes investimentos de melhoria do funcionamento do Porto de Setúbal, há neste momento diversos investimentos em fase de projecto e desenvolvimento, que num curto espaço de tempo, três a quatro anos, terão forte impacto na actividade do porto.

Estes novos projectos, alguns de investimentos muitíssimo avultados, têm em comum a sustentabilidade ambiental.

Neste momento existe a possibilidade de serem criadas as NUTSIII e NUTSII Península de Setúbal. Em que medidas a revisão das NUT [Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos] é importante para a CPS?

As NUTS são um sistema hierárquico de divisão do território em regiões, tendo em vista a harmonização das estatísticas do País no que diz respeito à recolha, compilação, tratamento e divulgação das estatísticas regionais, que desde 2013 correspondem às Entidades Intermunicipais. De acordo com este princípio, a Península de Setúbal está inserida na “Área Metropolitana de Lisboa”.

É com base nos dados estatísticos de cada NUT que são tomadas decisões políticas com forte impacto nas regiões. Assim, não é de todo indiferente pertencer a uma ou a outra NUT, pois, sendo os agregados de desenvolvimento social, económicos e financeiros diferentes, terão por parte do poder político respostas diferentes que irão influenciar fortemente o desenvolvimento das regiões.

A Criação das NUTSIII e NUTSII Península de Setúbal, poderá ter um forte impacto no desenvolvimento de toda a Península de Setúbal, pois ao deixarmos de estar integrados na Área Metropolitana de Lisboa, região cujos indicadores são os mais altos do País, poderá criar condições para que as empresas da região possam aceder com maior facilidade aos fundos e programas europeus de apoio ao desenvolvimento.

Qual o mais recente investimento da Tersado e importância do mesmo?

A Tersado, com o objectivo de responder cada vez melhor às necessidades dos seus clientes e às cada vez maiores preocupações e solicitações ambientais, em 2021 e 2022, fez um forte investimento em equipamentos de última geração de vários milhões de euros, tendo previsto também fortes investimentos nos próximos dois a três anos na modernização do terminal.

 

 

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