23 Abril 2024, Terça-feira
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Trabalhadores da Hanon temem despedimentos

Comunicado interno aponta à revisão de contratos para possível rescisão ou renegociação, tendo em vista contenção de custos

 

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Os trabalhadores da Hanon Systems Portugal – unidade fabril instalada em Palmela que se dedica à produção de componentes para veículos automóveis – foram surpreendidos, na última quinta-feira, por um comunicado interno da empresa a determinar a revisão de todos os contratos para “possível rescisão ou renegociação”.

Em causa, alega a Hanon na nota a que O SETUBALENSE teve acesso, está a necessidade de contenção de custos para garantir “a viabilidade da empresa a curto e médio prazo”, face à actual conjuntura económica global, afectada pelos aumentos dos “preços da energia (particularmente na Europa) como resultado do conflito em curso na Ucrânia”, e das “matérias-primas”, bem como pelas “restrições contínuas de fornecimento de semicondutores”, que obrigam as empresas “a diminuir as previsões de produção para 2023”.

Manuel Fernandes, da central sindical UGT, admitiu a O SETUBALENSE ter conhecimento da situação por via de informação que chegou ao Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL). “Tivemos conhecimento da intenção da empresa em dispensar trabalhadores”, disse. Mas, para já, o sindicalista escusa-se a adiantar pormenores sobre o caso que está já a ter o devido acompanhamento.

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Já à União dos Sindicatos de Setúbal – CGTP-IN ainda não tinha chegado qualquer informação sobre as pretensões da multinacional coreana instalada em Palmela, conforme reconheceu Luís Leitão. Ainda assim, o responsável desta estrutura sindical, lembrou aquela que costuma ser uma estratégia generalizada: “Normalmente, o que as empresas pretendem com este tipo de situações é lançar o pânico, para depois, debaixo desse pânico, fazerem rescisões de contratos.”

No comunicado, a empresa informa a aplicação de várias outras medidas de forma a eliminar “todos os gastos não essenciais”. Entre essas medidas encontra-se também a decisão de “congelar todas as contratações”, o que inclui a suspensão de “todos os esforços de recrutamento” e a “remoção de quaiquer anúncios de emprego”. Mais: o departamento de recursos humanos é instruído “a retirar qualquer oferta feita a candidatos que ainda não as tenham aceitado”. Porém, as ofertas aceites “serão honradas”. Além disso, “não haverá preenchimento de [vagas que advenham de] quaisquer rescisões voluntárias”.

O SETUBALENSE contactou o presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Balseiro Amaro, que disse desconhecer que possa estar em curso um processo de despedimento colectivo na empresa. Até ao fecho desta edição, e apesar dos esforços via telefone e por e-mail, O SETUBALENSE não conseguiu chegar ao contacto com a multinacional coreana.

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