27 Abril 2024, Sábado
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Funcionamento das carreiras que fazem a ligação às praias da Arrábida dividem opiniões

Enquanto experiência dos motoristas é positiva, alguns passageiros queixam-se do incumprimento dos horários e da supressão dos autocarros

 

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Um mês e meio após o início da operação da Carris Metropolitana na área 4, que abrange os concelhos de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, as opiniões ainda se dividem no que diz respeito ao funcionamento das ligações entre a cidade e as praias sadinas.

Apesar do “sucesso” referido esta semana pela Alsa Todi a O SETUBALENSE, as carreiras 4472 (Setúbal – Praia do Creiro) e 4474 (Setúbal – Figueirinha) parecem não convencer a totalidade dos passageiros.

Em dia de greve das Infra-estruturas de Portugal e com as temperaturas a baixar, O SETUBALENSE fez o percurso Setúbal – Praia da Figueirinha e ouviu alguns testemunhos. O autocarro partiu, com pouco mais de uma dezena de pessoas, da Interface de Transportes de Setúbal às 10h45, sem qualquer atraso, em direcção à Praia do Creiro. Ao passar pela Avenida Luísa Todi, muitos foram os turistas que apanharam a carreira e ocuparam os restantes lugares vazios. Em cerca de 20 minutos, o autocarro chegou à Praia da Figueirinha.

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Em conversa com dois motoristas, habituados a realizar estas ligações, os profissionais revelam ter uma opinião positiva. “Não temos tido grandes queixas dos passageiros. Só uma ou outra devido ao preço dos bilhetes, que aumentou desde o ano passado. Em relação aos horários, é o normal: cinco ou dez minutos de atraso e as pessoas já reclamam”, disseram os motoristas.

Também os turistas demonstram estar satisfeitos com o acesso às praias. “O único problema foi encontrar uma paragem onde passasse o autocarro. Disseram-nos vários sítios. Nota-se que até os próprios setubalenses não nos sabem dar estas indicações. Tirando isso, a carreira cumpriu o horário”, confessou um casal do Algarve, após a viagem.

Visão contrária tem uma funcionária do Bar Mar, restaurante situado na praia, que se queixa de não ter forma de ir para o trabalho na maior parte dos dias. “Eu faço dois turnos no restaurante, um de manhã e outro à noite. Quando entro às 08 horas não tenho outra alternativa se não apanhar a carreira 4415, que termina no Hospital do Outão”, conta. “Depois disso, tenho de andar 20 minutos até chegar ao meu local de trabalho. Quando saio no turno da noite, a história é a mesma: não tenho autocarro para regressar”, acrescenta. A empregada do estabelecimento alerta ainda para o não cumprimento dos horários e a supressão dos autocarros. “Quando entro às 11 horas, muitas vezes tenho de chamar um Uber. Vejo muitas pessoas na mesma situação que eu”, conclui.

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É também esta a opinião de uma jovem residente em Setúbal. “A maioria das vezes os autocarros não cumprem os horários. Há pessoas que estão mais de uma hora à espera. Por vezes até saem das paragens antes do previsto e depois não aparece mais nenhum [autocarro] durante imenso tempo”, descreve. “Quando questionamos os motoristas sobre o que se passa, encolhem os ombros”, afirma, revelando que é “impossível andar de autocarro ao fim–de-semana”. “Nos dias de mais calor e aos fins-de-semana, os autocarros vão lotados e não são cumpridas quaisquer medidas de segurança”, sublinha. Para fazer face às reclamações, a jovem considera que “a solução passa por implementar mais autocarros e fazer o esforço para cumprir os horários previstos.”

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