A empresa afirma apoiar as sanções económicas que têm vindo a ser aplicadas desde o início da invasão da Ucrânia
A The Navigator Company, que tem uma unidade fabril na zona da Mitrena, em Setúbal, suspendeu a comercialização dos seus produtos no mercado russo e bielorrusso.
A decisão, que vai prolongar-se por “tempo indeterminado” foi tomada na passada semana, e vem na sequência da posição da empresa quanto à “invasão da Ucrânia por parte da Rússia, com o apoio explícito da Bielorrússia”, refere a papeleira em nota de Impresa.
Com esta decisão, a Navigator demonstra “total repúdio pelo actual conflito militar apoiando as sanções económicas que têm vindo a ser aplicadas desde o início da invasão da Ucrânia”.
Refere ainda a empresa, que esta guerra “já resultou em elevadas perdas humanas e materiais e obrigou a deslocações em massa de refugiados”, sendo esta uma situação “dramática que nenhum europeu pensou voltar a viver e que deixará certamente marcas profundas durante muitos anos”.
Na mesma nota de Impresa, a empresa afirma estar a “acompanhar em permanência a evolução do conflito, monitorizando o seu impacto nos mercados onde actua, bem como em toda a cadeia de abastecimento”.
A exportar produtos para 130 países, a exposição directa da The Navigator Company aos mercados da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia é “menos de 1% da facturação”, indica a empresa que, neste momento, assume não conseguir estimar com razoabilidade o “grau de confiança das eventuais consequências do actual conflito” na sua actividade.
O que já é possível prever, é que o forte aumento dos custos de energia e, directa e indirectamente, dos custos de logística e de várias commodities “terá um forte impacto em toda a indústria no espaço europeu, pressionando ainda mais a inflação o que penalizará a recuperação do crescimento económico”.
“É o nosso propósito que norteia as nossas decisões. Para a The Navigator Company, são as pessoas, a sua qualidade de vida e o futuro do planeta que nos inspiram e nos movem e por isso, diariamente, vamos, como sempre fizemos, continuar a trabalhar para contribuir para um futuro colectivo melhor”, refere a mesma nota de Imprensa.