19 Abril 2024, Sexta-feira
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Encontro sobre residências Ratton afirma importância do envolvimento da comunidade educativa na criação artística

Programa da residência artística Ratton divide-se entre Setúbal e Lisboa, até Abril de 2022

No âmbito da residência artística Ratton deste ano “Poeticamente habita o homem sobre a terra”, que decorreu entre 1 e 26 de Setembro, o anfiteatro da Escola Superior de Educação (ESE) do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) recebeu, na tarde de quinta-feira, a apresentação do programa da residência e a explicação da importância de envolver cada vez mais a comunidade educativa nos processos de criação artística. Bárbara Fonte, Maria Morais, Mónica Coelho e Sofia Ribeiro Pinto, as artistas participantes na residência, que teve lugar na Oficina Ratton, em Setúbal, apresentaram o seu percurso criativo e os seus trabalhos.

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“É um grande prazer acolher esta iniciativa, nesta magnífica escola, no dia em que festejamos 36 anos de vida e 28 de edifício, que não pode deixar nunca de ter o seu destino, a sua actividade e a sua prática associada às mais diversas expressões artísticas”, começou por dizer Cristina Gomes da Silva, directora da ESE, no momento de abertura. “A discussão que trazemos hoje da arte no espaço público leva-nos também à questão da democratização do acesso à arte”, continuou, considerando ainda que seria “bom que a arte deixe de estar restrita a um espaço específico e passe a estar integrada no quotidiano de toda a gente. A cidade como um espaço aberto, plural, de livre acesso, é um caminho que temos de fazer e são estes valores que norteiam também as nossas vivências nesta escola”.

Por sua vez, Teresa Neto, em representação de Pedro Pina, vereador da Cultura na Câmara Municipal de Setúbal, manifestou a “aposta crescente do município nas residências artísticas como forma de dar espaço e apoio à criação artística”.

 

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Artistas residentes procuram novas expressões através do azulejo

O programa da residência artística Ratton “Poeticamente habita o homem sobre a terra” decorre entre Julho de 2021 e Abril de 2022 e divide-se entre Setúbal e Lisboa. Partindo da premissa da galeria Ratton, que desde 1987 “desafia artistas contemporâneos que nunca utilizaram o azulejo, as quatro artistas residentes são convidadas a procurar uma nova expressão nos seus percursos artísticos utilizando as potencialidades que o azulejo oferece e as sinergias criativas defendidas neste projecto”.

Nas palavras de Ana Maria Viegas, da galeria Ratton, “desde o nosso início em 1987, tomámos a decisão de convidar artistas para olhar e pensar o seu trabalho. Até agora já trabalhámos com mais de 50 artistas, nacionais e internacionais”. Para Tiago Montepegado, igualmente em representação da Ratton, “esta primeira residência artística é também uma forma de captar, de poder trazer para o azulejo mais gente e gente mais nova e por isso pareceu-nos uma aposta séria a fazer”. Desde o princípio, a galeria tem-se ainda constituído “como uma plataforma de encontro, geradora de cruzamentos interdisciplinares”.

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Da residência, que contou com o apoio da Direcção-Geral das Artes, nasce, de acordo com o director da galeria Ratton, “uma peça de arte pública para Setúbal, da autoria das quatro artistas em conjunto. O tema central será a água, muito importante para a cidade, numa linha que reúne todas as características principais desta terra”. Em Abril, a residência e a peça pública serão apresentadas na íntegra na Casa da Cultura de Setúbal, resultado do apoio que o município de Setúbal tem concedido à galeria Ratton.

Bárbara Fonte, Maria Morais, Mónica Coelho e Sofia Ribeiro Pinto, as quatro artistas residentes, apresentaram-se, individualmente, e partilharam o trabalho desenvolvido até ao momento e a experiência ao longo dos vinte dias de residência efectiva na Oficina Ratton.

Com moderação de José Teófilo Duarte, director de arte e curador, seguiu-se um momento de partilha e debate. A mesa contou com a participação do arquitecto e professor Ricardo Carvalho, director do departamento de arquitectura da Universidade Autónoma de Lisboa, e o professor Sérgio Vicente, escultor e vice-presidente da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, ambos com trabalhos realizados na cidade de Setúbal, e Fernando Rosa Dias, professor na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, que durante a tarde falaram sobre as suas experiências e reflectiram sobre o espaço público e a arte pública.

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