29 Março 2024, Sexta-feira
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Administração da Transtejo/Soflusa diz que hoje a greve dos trabalhadores rondou os 66% no período da manhã

Ontem os números da empresa não batiam certo com os do sindicato. A empresa falava em 65% de adesão à greve no período da manhã, mas a FECTRANS avançou com cerca de 90% dando o caso da ligação entre Cacilhas e Cais do Sodré no período da manhã

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A Transtejo/Soflusa registou hoje uma adesão à greve, no período da manhã, de 66%, de acordo com informação da empresa, enquanto o sindicato revelou à Lusa que a adesão “foi bastante boa”, reflectindo a “indignação dos trabalhadores”.

Os trabalhadores das duas empresas (com uma administração comum), que fazem as ligações fluviais entre a denominada Margem Sul (do Tejo) e Lisboa, cumprem hoje o segundo de dois dias de greve parcial, de três e duas horas por turno, por a empresa manter a sua posição de “aumento de 0%” nas negociações salariais, depois de uma primeira luta em 20 de Maio.

A adesão à greve registada na Transtejo/Soflusa, durante o primeiro turno, foi de 66%, reflectindo a adesão de 63% na Transtejo e de 70% na Soflusa, tendo sido realizadas as carreiras de serviços mínimos, decretadas pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social, para as ligações fluviais do Barreiro e de Cacilhas.

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Pelas 11h00, o serviço de transporte público fluvial encontrava-se normalizado, depois de retomadas todas as ligações fluviais, de acordo com a empresa.

Em declarações à Lusa, Paulo Lopes, sindicalista da FECTRANS – Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (afecta à CGTP), explicou que a adesão no período da manhã “foi bastante boa”, reflectindo a “grande insatisfação e indignação dos trabalhadores pela maneira como o Governo está a tratar os trabalhadores”.

“Podemos dizer que a luta está a ser bastante positiva”, frisou, avançando que será realizado um plenário de trabalhadores para ser realizado um balanço da luta e as iniciativas futuras, sem, no entanto, especificar quando é que o mesmo irá acontecer.

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Segundo o sindicalista, do cais do Barreiro só saíram os serviços mínimos, enquanto de Cacilhas, houve, além dos serviços mínimos decretados, uma tripulação que fez uma carreira.

De acordo com a Transtejo/Soflusa, as carreiras de serviços mínimos, nomeadamente a que ligou Barreiro-Terreiro do Paço, pelas 05h05, transportou 397 passageiros, número idêntico ao primeiro dia de greve, enquanto a embarcação Cacilhas-Cais do Sodré, das 05h20 transportou 140 passageiros, o mesmo número de passageiros do dia anterior.

À semelhança de quarta-feira, a ligação fluvial Cacilhas–Cais do Sodré manteve-se ativa, com um navio em operação, entre as 05h55 e as 09h20, período durante o qual foram transportados 779 passageiros.

Já a ligação fluvial Barreiro–Terreiro do Paço foi retomada cerca de duas horas antes do horário previsto, tendo partido às 09h40, transportando 67 passageiros.

Ontem, a greve parcial nas ligações fluviais no Tejo pendulares entre a Margem Sul e Lisboa apanhou vários os passageiros desprevenidos, que decorreu no início e no final do dia.

Segundo informação da administração das duas empresas, durante o período da manhã de ontem a adesão à greve foi de 65%, no período da manhã e no período da tarde registou 46%.

Mas o número não bate certo com o divulgado pela FECTRANS – Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, José Manuel Oliveira, coordenador da federação, afirmava que a adesão ao protesto, no período da manhã, foi de “90% no primeiro turno de três horas entre Cacilhas e o Cais do Sodré.

No caso das ligações a partir do terminal de Cacilhas, no período da manhã foram suprimidas mais de dez ligações, enquanto no Barreiro apenas funcionaram os serviços mínimos garantidos.

Esta é a segunda greve por turnos em menos de um mês, – a primeira foi a 20 de Maio, por um período de três e duas horas – com os trabalhadores a exigirem aumento de salários, e a não chegarem a acordo com a empresa.

“São profissões em que se exige um nível de responsabilidade elevado”, e os trabalhadores “estão a ver os seus salários muito próximos do ordenado mínimo nacional”, afirmava o sindicalista José Manuel Oliveira à SIC. À estação do grupo Impresa, a administração da Transtejo/Soflusa garantia estar “aberta a negociar com trabalhadores”, e confirmava o coordenador da FECTRANS de que “ainda não chegaram a acordo com os sindicatos representantes do sector”.

Segundo a empresa, verificou-se uma adesão de 60% na Transtejo e de 72% na Soflusa e foram cumpridas as carreiras de serviços mínimos.

Indica ainda a Transtejo/Soflusa, que a carreira Barreiro-Terreiro do Paço, das 05h05, registou 394 passageiros, representando um acréscimo de 61% face a terça-feira, enquanto a carreira Cacilhas-Cais do Sodré, das 05h20, registou 140 passageiros, mais 40% do que no dia anterior.

Com Lusa

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