24 Abril 2024, Quarta-feira
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Investimento de dois milhões de euros requalifica Caldeira Grande na Alburrica

Operação escolhida pela APA vai criar uma das melhores zonas de fruição da AML

 

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A Câmara do Barreiro anunciou na última sexta-feira que vai avançar com a requalificação da Caldeira Grande, na zona de Alburrica, numa operação orçada em dois milhões de euros, onde de futuro “vai nascer uma das melhores praias de rio da Área Metropolitana de Lisboa”.

O projecto, escolhido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para “beneficiar do apoio de fundos comunitários”, ao abrigo do protocolo de colaboração para a concretização de acções de reabilitação da rede hidrográfica, foi assinado em Coimbra, durante uma sessão que contou com as presenças do ministro do Ambiente, José Matos Fernandes, e do primeiro-ministro António Costa, e permitirá recuperar uma estrutura abandonada de 77 mil e 550 metros quadrados, dando-lhes “uma nova vida” para transformar aquele espaço, numa área de lazer para a população e visitantes.

“O mérito desta intervenção, está também no combate às alterações climáticas, já que a existência de estruturas desta natureza, próximas do centro da cidade, contribui para atenuar as ondas de calor”, afirma a autarquia liderada pelo presidente Frederico Rosa, que considera que “este é um projecto muito importante para o Barreiro, que tem vindo a revitalizar toda a zona ribeirinha”.

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Em declarações a O SETUBALENSE, o autarca frisou que a Câmara “tem vindo a trabalhar nesta matéria com a APA há cerca de dois anos e meio, que nos foi dizendo aquilo que podíamos ou não fazer, para percebermos como poderíamos montar o projecto”.

Na altura, o edil revelou que “estamos em condições de lançar o concurso público no dia seguinte a termos a verba, “porque o estado de maturidade de execução do projecto está muito avançado”. Õ que deverá acontecer “até ao fim do mês de Junho”.

Frederico Rosa adiantou que a intervenção, que deverá durar entre oito a dez meses, será composta por “três grandes componentes”, que consistem na “recuperação da massa de água com o Moinho Grande, que já vai entrar este mês em obras, sendo que a colocação de comportas vai possibilitar o controle da água”.

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Para isso será necessária a requalificação do próprio fundo da Caldeira. O processo inclui também “a consolidação das margens e a renaturalização de todo o espaço”, numa fase considerada “fundamental”, por tratar-se de “uma zona ambientalmente sensível” e, por fim, “a fruição daquela zona pelas pessoas”, já que o projecto em causa “implica a criação de caminhos e passadiços que vão, no seu conjunto, permitir que a população possa usufruir e fruir de mais uma área que será um marco no Barreiro e atrair mais visitantes ao concelho”, salienta.

“A nossa visão é de uma cidade cada vez mais verde, com mais qualidade de vida, preocupada com o ambiente e com a sustentabilidade”, acrescenta, “é esse o caminho que começámos e vamos continuar a seguir com a recuperação deste espaço, que agora vamos devolver aos barreirenses para que possam continuar a desfrutar do rio”, destaca.

O projecto deverá estar concluído até ao final de 2023 e além da limpeza da Caldeira, da consolidação e qualificação das margens, prevê ainda “a colocação de uma plataforma de areia capaz de assegurar actividade lúdica ou desportiva, junto a um espelho de água que pode ser controlado independentemente da maré”.

Os reservatórios de água poderão ainda “ser utilizados como um climatizador natural e até mesmo para o combate a incêndios”, refere o município, que lembra que “os fundos que vão permitir” a sua recuperação “são provenientes do REACT-UE [Assistência de Recuperação para a Coesão e os Territórios da Europa], que alarga a resposta à crise provocada pela covid-19” e que “pretende contribuir para uma recuperação ecológica, digital e resiliente da economia”, acrescenta a autarquia.

Moinho Grande Recuperação arranca este mês

Junto à zona da Caldeira Grande, encontra-se também o Moinho Grande – cujo processo de recuperação será iniciado neste mês –, após a autarquia ter recebido, recentemente, luz verde do Tribunal de Contas para avançar com a obra, igualmente orçada em dois milhões de euros, no âmbito do Programa Portugal 2020.

De acordo com Frederico Rosa, os trabalhos relativos à requalificação daquele ex-líbris do concelho estarão terminados, ao que tudo indica, no decorrer de 2022. No âmbito do projecto previsto para a Caldeira Grande, a autarquia adianta que a iniciativa está enquadrada numa aposta do município na “sustentabilidade ambiental e na luta contra as alterações climáticas”, cujo mérito é “agora reconhecido”.

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