26 Abril 2024, Sexta-feira
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Ministério Público pede pena máxima para jovem que matou avós em Santiago do Cacém

Lourenço Fernandes esfaqueou, mutilou e tirou fotografias dos avós idosos a 1 de Junho de 2020, em Vila Nova de Santo André, por estes não lhe emprestarem o seu carro

 

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O Ministério Público (MP) pediu a pena máxima para o jovem de 17 anos que esfaqueou, mutilou e tirou fotografias dos avós idosos em Santiago do Cacém, por estes o proibirem de conduzir o seu carro. O julgamento decorreu esta quarta-feira no Tribunal de Setúbal, onde Lourenço Fernandes está a ser julgado por dois crimes de homicídio qualificado.

O crime ocorreu no dia 1 de Junho de 2020 em Vila Nova de Santo André. Eduarda Fernandes, de 83 anos, avó do homicida, foi a primeira vítima. O marido da vítima saiu de casa a seu pedido, quando o jovem chegou na manhã do homicídio para pedir para utilizar o carro. Eduarda negou e Lourenço, revoltado, agrediu a idosa. Em seguida, dirigiu-se à cozinha da habitação, de onde retirou uma faca, com a qual assassinou a primeira vítima com dois golpes nas costas e um no peito. Com a idosa no chão, degolou-a. Já com a vítima sem vida, tentou-lhe retirar um olho.

O marido da vítima, Guilherme Santos, de 74 anos, chegou a casa e deparou-se com a mulher no chão, morta. Foi em seu socorro e, no momento em que se encontrava com a esposa ao colo, foi esfaqueado à traição por Lourenço Fernandes, com três golpes no peito. À semelhança do que fez a Eduarda, o assassino degolou o homem e mutilou-o, não lhe retirando o olho, mas cravando a faca na sua perna.

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Cometido o duplo homicídio, Lourenço enrolou os dois corpos em mantas e arrastou-os para um anexo da habitação, onde os colocou um em cima do outro e tirou fotografias com o telemóvel. Em seguida, limpou a sala da habitação onde cometera os assassinatos com lixívia e escondeu as armas do crime e a sua roupa ensanguentada numa caixa, no quarto das vítimas.

O homicida tomou banho, vestiu as roupas do falecido e saiu de casa para comprar tabaco. Passadas algumas horas regressou, comeu e ficou a ver televisão até perto das 21h00, quando saiu de casa no carro das vítimas para ir ao encontro de dois amigos, em Sines.

Já em estrada nacional, entre os dois concelhos, acabou por se despistar com o carro dos avós, com os amigos no interior do veículo. A viatura acabou por ser abandonada nesse momento. O alerta foi dado nessa noite por uma neta das vítimas, que se dirigiu à casa onde decorreu o homicídio visto que os avós não atendiam o telefone.

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À GNR, a mulher identificou como potencial suspeito Lourenço Fernandes, uma vez que tinha já conhecimento de diversas discussões por causa do referido carro, que não se encontrava no devido lugar. Os militares acabaram por encontrar o homicida num hotel abandonado em Vila Nova de Santo André na companhia dos dois amigos. Um deles tinha uma camisola com sangue. Foram os três detidos inicialmente por suspeitas de envolvimento no homicídio, mas os dois amigos de Lourenço foram mais tarde ilibados, pois o sangue nas suas roupas surgiu devido ao acidente de viação em que os três estiveram envolvidos.

O MP pediu para Lourenço uma pena de 20 anos para cada crime, num cúmulo jurídico de 25 anos, a pena máxima aplicada em Portugal. A procuradora do MP considerou que o colectivo de juízes não deveria de ter em conta a idade do arguido, uma vez que os crimes foram praticados com extrema violência. Nem o facto de Lourenço ter confessado e dito que estava arrependido em julgamento deve pesar na pena, do ponto de vista do MP.

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