28 Março 2024, Quinta-feira
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Hospitais no limite. Garcia de Orta próximo da pré-Catástrofe, São Bernardo e Nossa Senhora do Rosário transferem doentes

Apesar de já ter investido 400 mil na reorganização de serviços para receber doentes Covid e não Covid, o Garcia de Orta está com recursos esgotados

 

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Este fim-de-semana ficou marcado por um cenário em que os hospitais da região esgotaram os seus recursos de resposta a urgências e internamentos Covid-19, com doentes a serem transferidos do Hospital de São Bernardo para Braga e para o Hospital das Forças Armadas, na base do Alfeite. Uma situação que se repete no Barreiro, com a administração do Hospital Nossa Senhora do Rosário também a encaminhar doentes para hospitais localizados no norte do país. Já no Hospital Garcia de Orta para além da transferência de doentes entre centros hospitalares, a administração coloca em cima de mesa a opção de accionar o Estado de pré-Catástrofe.

No sábado, o Garcia de Orta registava um total de 169 doentes internados com infecção por Covid-19, segundo a administração anunciou em comunicado.

Destes casos 148 correspondiam a doentes internados em enfermaria, 18 em Unidade de Cuidados Intensivos e três em Unidade de Hospitalização Domiciliária.

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Números que segundo a administração estão a causar “enorme pressão assistencial”, não só para casos Covid, como não Covid. Uma situação que “dura há mais de 10 semanas, tendo o hospital de recorrer a transferências para outros hospitais do país”.

Até ao momento o Garcia de Orta conseguiu manter-se “no nível III do seu Plano de Contingência”, mas o facto de ter atingido no sábado uma taxa de ocupação superior a 250%, “relativamente ao que previa o Plano de Contingência”, nomeadamente com 66 camas em enfermaria e 9 em cuidados intensivos destinadas a doentes Covid-19, leva agora a administração deste hospital a revelar que, a manter-se, esta situação “coloca o hospital em cenário de pré-catástrofe”.

 

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Novas áreas para doentes Covid-19 são insuficientes

 

Para responder à pressão assistencial exigida devido à elevada procura de cuidados médicos por parte de doentes Covid e não Covid, o Hospital Garcia de Orta já realizou várias “reafetações sistemáticas de circuitos e espaços, como a conversão de camas de enfermaria cirúrgicas, em camas médicas”. Só na última semana, o total de camas reafectadas foi de 35.

Contudo, mesmo com as sucessivas reorganizações e com “o elevado esforço e dedicação dos seus profissionais”, a administração do Garcia de Orta considera determinante que, até final do presente mês, a Área Dedicada ao Atendimento de Doentes Respiratórios (ADR) do Serviço de Urgência Geral seja expandida.

Um plano que responderá também ao facto de o Garcia de Orta ser um dos hospitais da Região de Lisboa e Vale do Tejo a receber “maior volume de doentes infectados por SARS-COV-2, internados em enfermaria”, tendo já investido 400 mil euros na maximização da sua capacidade de resposta, desde o início da pandemia.

 

Cenário actual    Números da península e litoral alentejano

 

Os últimos números publicados pela Direcção Geral da Saúde no boletim de situação epidemiológica sobre a Covid-19, indicam que a Região de Lisboa e Vale do Tejo tem 184 063 casos activos e 3 174 óbitos confirmados. Na Região do Alentejo confirmam-se 18 200 casos e 400 óbitos, sendo estas áreas que afectam os treze concelhos do distrito de Setúbal.

No concelho de Setúbal, o Serviço Municipal de Protecção Civil e Bombeiros confirmou este sábado 2 649 casos de Covid-19 activos, 6 245 casos acumulados desde Março de 2020, 96 óbitos e 3 500 recuperados.

Em Palmela, a Protecção Civil também disponibilizou no site oficial do município os últimos números da Covid-19 no concelho. São 1 078 casos activos, 2 597 acumulados, 72 óbitos e 1 447 recuperados.

No litoral alentejano, o município de Alcácer do Sal confirma 238 casos activos, 309 recuperados e quatro óbitos. Grândola confirma 69 activos, 449 acumulados, 375 recuperados, 106 casos em vigilância e cinco óbitos.

Também segundo informação municipal disponibilizada, Santiago do Cacém tem 86 casos activos confirmados, 280 recuperados e três óbitos. Já em Sines, o cenário é de 54 casos activos, 307 recuperados e oito óbitos confirmados.

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