24 Abril 2024, Quarta-feira
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Álvaro Amaro: “Palmela não parou nem ficaram obras para final do mandato”

O presidente da Câmara aponta obra e destaca a resiliência das gentes locais e o esforço dos trabalhadores autárquicos

Este foi um ano de provação à escala planetária. Fica marcado pela pandemia de Covid-19 e, forçosamente, pelos inerentes impactos que abalaram o normal funcionamento das sociedades. Ainda assim em Palmela, “o concelho não parou nem sequer foram deixadas obras para o último ano de mandato”, faz notar Álvaro Balseiro Amaro, presidente da Câmara Municipal.

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Até porque, sustenta, “o ritmo de concretização foi elevadíssimo”. Fácil de constatar “para quem já remodelou e ampliou cinco escolas desde o início do mandato” ou de justificar pelo facto de “todos os anos a percentagem de investimento ter vindo a aumentar”.

Este é o lado positivo de um 2020 tão nefasto quanto, à partida, inimaginável, que o autarca acentua, em jeito de balanço ao trabalho que foi possível desenvolver.

“Esta pandemia e os problemas que criou à vida das pessoas, das famílias, das empresas, transformou este num ano atípico que pôs à prova as capacidades das nossas gentes, ao nível da resiliência, de se reinventarem, de encontrarem novas formas de solidariedade para sobrevivermos aos impactos e procurarmos manter a esperança num 2021 melhor”, frisa Álvaro Amaro. E ao olhar para a autarquia, o edil enaltece “os trabalhadores”, que “foram inexcedíveis para não interromper o serviço público”. Realizaram “um esforço muito grande”.

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“Todas as dificuldades sentidas acabaram por revelar-nos outros princípios, valores, capacidades que pensávamos que não tínhamos”, considera. Mas, lembra, “há feridas” abertas. “Há gente extenuada, actividades económicas e empresas em sérias dificuldades.”
Voltando às obras, frisa: “Pretendemos com muita obra pública, honrando compromissos do programa de mandato e candidaturas a fundos, manter um ritmo elevadíssimo de execução.”

Em curso, realça, encontra-se “mais de uma dezena de obras da rede viária” e “o pavilhão do Poceirão”, enquanto que prestes a terminar está “o Castelo acessível e a intervenção nas encostas” daquele património. Outra empreitada a merecer destaque, quer pela dimensão quer por constituir reivindicação antiga de população e autarcas, é a que está em andamento na Ribeira da Salgueirinha. “É para finalizar até Junho de 2021”, garante.

“Houve ainda capacidade para introduzir outras obras que decorrem da cidadania, do processo ‘Eu Participo’, do contacto frequente com as associações e comissões de moradores”, vinca.

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Ao mesmo tempo, não esconde que gostaria de ter outras já em execução física. E dá como exemplos “o antigo quartel da GNR, que será um centro de interpretação de reservas museológicas” e “o Monte do Francisquinho no Pinhal Novo, que, tal como o HUB 10, aguarda visto do Tribunal de Contas [TC]”.

Algumas empresas, recorda, “pediram para iniciar obras só em 2021”, nomeadamente “os grandes investimentos na área da infra-estruturação”.

Com os olhos postos no futuro próximo, o presidente da Câmara reforça que na forja está já “um pacote de 17 grandes intervenções na rede viária, na sequência de um empréstimo contratualizado” com a banca e a aguardar “visto do TC”, para poder ser colocado a andar “no próximo ano”.

Área social priorizada

Porém, “muito mais importante foi o investimento feito na área social”, afirma, antes de enumerar a renovação de um conjunto de medidas para minorar os efeitos da pandemia nas pessoas, nas instituições, nas colectividades e nas empresas.

“Acabámos de aprovar o tarifário social da água até final do próximo ano, mais seis meses de isenção de esplanadas para os estabelecimentos, mais três meses de isenção de tarifa fixa da água para o comércio e indústria e também para as IPSS e colectividades.”

Esta área, de resto, é prioridade espelhada no Orçamento Municipal de 54,8 milhões de euros recentemente aprovado pelo executivo camarário. E Álvaro Amaro indica, desde logo, o reforço feito nas instituições sociais, com equipamentos de protecção, e os apoios aos compromissos com “as candidaturas de obras de quatro IPSS ao Programa Pares, que pode atingir comparticipações da Câmara no valor de 300 mil euros”. Isto além do “reforço alimentar às crianças nas escolas do 1.° Ciclo e do pré-escolar”.

Paralelamente, foi desenvolvido trabalho de sapa para apoiar a economia local. “Temos dinamizado muito a promoção dos nossos produtos, dos nossos primores, dos nossos vinhos e outros também de referência”, concluiu.

Saúde para todos e uma palavra de conforto para os que sofrem na pele os efeitos da pandemia

Em época natalícia, Álvaro Amaro não se escusa a revelar um desejo que gostaria de ver concretizado.

“Gostava que houvesse saúde para todos e que conseguíssemos ultrapassar esta fase menos boa da vida da humanidade. Estando esta questão resolvida, o resto aparece com a capacidade que as pessoas têm de trabalhar e construir um futuro de progresso e bem-estar para todos”, confessa. E adianta: “Que aproveitemos bem alguns apoios que existem e oxalá eles cheguem aos sectores que mais precisam para voltarmos a colocar a vida do concelho, da região e do País no caminho do desenvolvimento.”

A finalizar, o autarca deixou “uma palavra de conforto para quem sofreu na pele” os impactos da pandemia. “Chamei sempre muito a atenção para os lares e para a necessidade de haver testagens constantes sempre que entravam novas equipas ao trabalho nesses equipamentos. A mortandade que aqui tivemos – temos neste momento 50 óbitos – e que atinge muitas famílias foi muito triste. É muito triste que este grupo, dos idosos, fosse o mais afectado”, lamenta. “Fica uma palavra de solidariedade também para quem já esteve doente, quem já perdeu familiares. É preciso ter esperança, determinação, coragem e continuar a lutar contra as adversidades.”

 

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