25 Abril 2024, Quinta-feira
- PUB -
InícioLocalSetúbalDuarte, medalha de bronze nas Olimpíadas de Matemática: “Senti-me orgulhoso, feliz e...

Duarte, medalha de bronze nas Olimpíadas de Matemática: “Senti-me orgulhoso, feliz e surpreendido”

Aluno da Secundária Sebastião da Gama foi o único estudante do distrito a conquistar um lugar de pódio na competição nacional

 

- PUB -

“Ter conquistado a medalha de bronze nas Olimpíadas Portuguesas de Matemática 2019-2020 foi uma sensação muito boa. Senti-me orgulhoso, feliz e ao mesmo tempo surpreendido com o resultado que obtive”, começou por dizer Duarte Caldeira, aluno na Escola Secundária Sebastião da Gama, a O SETUBALENSE, depois de ter representado a cidade de Setúbal no pódio da 38.ª edição do evento, na categoria do 7.° ano.

Quando tomou a decisão de participar, segundo explica o estudante de 13 anos, “não sabia que o concurso seria em âmbito nacional”, pois desde o seu 5.º ano que estava “habituado a participar apenas a nível da escola”. Decidiu, mesmo assim, arriscar, encarando “o nervosismo como uma coisa positiva”. “Resolvi ir pela experiência também porque não perdia nada em fazê-lo”, conta.

Foi, também por considerar que “este evento ajuda a reconhecer jovens que poderão vir a ser bons matemáticos, como ainda os incentiva a trabalharem para tal”. A concorrer consigo estiveram mais 29 estudantes, de um total de 90 participantes, distribuídos entre as categorias Júnior, do 6.º e 7.º anos, A, do 8.º e 9.º anos, e B, do 10.º, 11.º e 12.º anos.

- PUB -

“Embora tenha competido contra tantos jovens”, confessa que “o melhor é tentar evitar pensar no assunto”. “O que costumo fazer é: chego, faço e só depois é que me sinto aliviado, e foi o que aconteceu nas Olimpíadas de Matemática. Encarei um passo de cada vez, ou seja, fui fazer a primeira prova e passei. Fui de novo fazer alguns cálculos e passei novamente, até que fui a Lisboa e consegui a medalha de bronze. Como não é um passo grande, acabo por quase que não dar conta. Só no fim é que pensei que até tinha conseguido um bom lugar”.

Apesar da sua conquista, refere que, por se considerar uma “pessoa tímida”, não contou o seu “resultado a ninguém, a não ser aos pais e à avó”. “Gosto de sentir que fiz bem e que as pessoas me congratulam, mas não gosto de ser o centro das atenções”. Em relação à sua nova medalha, comenta não saber se a vai “colocar na estante do quarto ou emoldurar”. A única garantia que tem é que para o ano vai marcar novamente presença no concurso. “Mesmo que não tivesse alcançado o bronze não deixaria de tentar dar o meu melhor. Pode ser que ganhe a medalha de prata desta vez”.

Interesse pela matemática surgiu no pré-escolar

- PUB -

A frequentar actualmente o 8.º ano no mesmo estabelecimento de ensino, Duarte Caldeira diz sentir, com muita certeza, que a sua “vocação é a matemática”, mas esclarece que o interesse pela disciplina “não surge num dia”. Numa voz tímida, mas assertiva, garante que “é uma área que se desenvolve com trabalho e dedicação”, e que para alcançar o sucesso “é fundamental as pessoas perceberem que esta ciência não é só uma coisa”. “Uma das primeiras memórias que tenho é de estar no pré-escolar e de, quando começámos a dar as adições, ficar feliz porque consegui fazer uma conta de somar sem contar pelos dedos”, recorda.

O seu gosto pela disciplina, segundo afirma, deve-se à sua “professora da escola primária”. “Senti que ela se esforçava para ensinar. Se não entendêssemos de uma forma, ela explicava de outra”, acrescenta. Para o jovem, os docentes “são fundamentais” pois são eles “que criam as bases dos alunos, e se essas bases não forem bem feitas, os estudantes podem ter o interesse mas não vão conseguir ir longe”.

No futuro, revela que se vê “numa profissão como médico ou engenheiro”. “Quero utilizar alguma da minha capacidade para contribuir para o bem-estar das pessoas”, conclui.

Fazer teatro e ler também cativam a sua atenção

Os dias de Duarte Caldeira “são muito preenchidos”, com o jovem de 13 anos sempre a somar gostos e interesses por actividades voltadas também para a cultura, segundo conta. Além da matemática, também vê o teatro como uma das suas grandes paixões, tendo participado “na escola primária e no 5.º e 6.º anos, enquanto frequentava a Escola Básica Barbosa du Bocage, em diversas peças teatrais, no Grupo Estórias e Histórias”. “Adorava fazer as peças de teatro alusivas ao Natal”, recorda.

Aos “hobbies” que tem, como refere, acresce também a natação, actividade que pratica “desde a primária” no Clube Naval Setubalense, o gosto por andar de bicicleta, os trabalhos manuais e a leitura, “andando sempre com um livro ou um e-book na mão”. “São actividades que gosto de fazer não só para ocupar tempo, mas também para vivenciar novas experiências”, explica.

- PUB -

Mais populares

Cavalos soltam-se e provocam a morte de participante na Romaria entre Moita e Viana do Alentejo [corrigida]

Vítima ainda foi transportada no helicóptero do INEM, mas acabou por não resistir aos ferimentos sofridos na cabeça

Árvore da Liberdade nasce no Largo José Afonso para evocar 50 anos de Abril

Peça de Ricardo Crista tem tronco de aço corten, seis metros de altura e cerca de uma tonelada e meia de peso

Homem de 48 anos morre enquanto trabalhava em Praias do Sado

Trabalhador da Transgrua estava a reparar um telhado na empresa Ascenzo Agro quando caiu de uma altura de 12 metros
- PUB -